Especialistas se reuniram para debater o monitoramento, manejo e sanidade do animal no estado de São Paulo
Nesta quarta-feira (8), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP realizou o I Seminário Paulista sobre Javali, em sua sede, em São Paulo. O evento, organizado pela Defesa Agropecuária, Apta Regional e pelas Câmaras Setoriais e Temáticas da Agricultura, reuniu especialistas do setor para discutir a temática do assunto.
O seminário contou com várias palestras, como: manejo do animal, controle pelo mundo e monitoramento sanitário, além de apresentar ao setor produtivo o Decreto 69.645/2025 que regulamenta a Lei nº 17.295/2020, que institui as diretrizes de manejo e controle do animal.
O Decreto nº 69.645, publicado em junho de 2025, instituiu a Política Estadual de Controle e Manejo do Javali, estabelecendo um modelo de governança integrada e descentralizada entre as áreas de Agricultura, Meio Ambiente, Saúde e Segurança Pública. Ele reconhece o javali como praga de peculiar interesse estadual e define regras claras para controle populacional, rastreabilidade sanitária e manejo responsável.
“Nós precisamos, nesta fase inicial, de informações para tomar medidas assertivas e estruturantes que serão sempre parte do consolidado. Para avançarmos ainda mais, precisamos sempre progredir com ações e medidas”, ressaltou Alberto Amorim.
O Governo do Estado de São Paulo vem avançando de forma pioneira na gestão e controle de espécies exóticas nocivas, especialmente do javali-europeu (Sus scrofa), animal que representa sérios riscos à saúde pública, a fauna nativa, a economia e finalmente a agricultura e pecuária Brasileira.
Entre os principais avanços da legislação paulista, destacam-se: a criação do Plano Estadual de Manejo e Monitoramento do Javali, com base em critérios técnicos e regionais; a proibição da criação, transporte e soltura de javalis vivos, salvo exceções sob amparo judicial e controle sanitário da SAA-SP; a integração intersecretarial entre órgãos estaduais e municipais, instituições de pesquisa e entidades representativas do setor produtivo; a Implantação da Câmara Técnica de Manejo Integrado do Javali e Proteção Agroambiental (CTMIJ/SP), instância de articulação público-privada voltada à definição de protocolos técnicos e ao acompanhamento de resultados em campo.
Para Artur Felício, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos (PESS) da Defesa Agropecuária, o evento foi de grande valia uma vez que reuniu diversos representantes dos setores envolvidos na temática para o debate de pautas importantes no que tangem ao mapeamento das ocorrências envolvendo a espécie, do controle e da sanidade.
“Foi uma oportunidade para apresentarmos a rede de vigilância epidemiológica que é formada basicamente pelos controladores de javali que são capacitados e registrados junto à Defesa Agropecuária através do sistema GEDAVE”, celebra Artur.
“São os controladores que auxiliam a Defesa Agropecuária na vigilância de possíveis doenças através da coleta e do fornecimento de amostras biológicas (soro sanguíneo), bem como com o apoio relacionado às notificações que nos indicam animais encontrados doentes, agonizantes ou mortos. Esse trabalho conjunto é de suma importância para a manutenção da sanidade”, acrescenta o médico-veterinário.
Além das instituições ligadas a SAA, outros órgãos também participaram do evento com palestras, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a empresa Mão na Mata, o Núcleo de Pesquisa e Conservação da Fauna e a Fundação Florestal.
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