RenovaBio trará alento, previsibilidade e diferencial competitivo ao Brasil, avalia Arnaldo Jardim em seminário do Gmec
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou, durante o II Seminário do Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético (Gmec), realizado em Ribeirão Preto, no último dia 30 de dezembro, que o maior desafio do setor sucroenergético atualmente é a aprovação do RenovaBio no Senado Federal, para ampliar a utilização de biocombustíveis na matriz energética brasileira.
“O grande desafio do setor da cana-de-açúcar é, particularmente, aprovar o RenovaBio no Senado e, posteriormente, a sua regulamentação; implantá-lo de forma definitiva; e enfrentar o desafio da produtividade agrícola e industrial para concorrer com outras formas de se locomover. Para isso, é preciso dar um salto significativo de qualidade, compromisso que estamos executando na Secretaria, sob orientação do governador Geraldo Alckmin”, afirmou.
De acordo com o secretário, o setor deve viver melhores condições do que nos últimos três anos, “em que o congelamento do preço dos combustíveis criou uma situação comprometedora para o etanol, com o fechamento de 50 usinas, com o segmento derrapando desde então. Agora, se reestabeleceu a confiança e se fugirmos da armadilha dos extremos, poderemos estabelecer a previsibilidade necessária”, disse.
O titular da Pasta Estadual destacou ainda o fato de que as mudanças climáticas exigem novos padrões produção de energia e transporte, conforme estabelecido na conferência do Clima (COP 23), realizada em novembro, na Alemanha. “O etanol continua sendo o combustível mais amigável do ponto de vista ambiental e precisamos vencer essa batalha. Por isso foi formulado o RenovaBio, que é uma transformação, a incorporação de externalidade que
trará alento, previsibilidade e um diferencial competitivo”, avaliou.
Arnaldo Jardim destacou ainda que o setor agropecuário teve um grande crescimento, mas deve se manter no mesmo patamar em 2018. “O setor precisa da retomada do crescimento do País para crescer e terá que administrar o afluxo de capital externo”, disse.
Para o secretário estadual, é preciso defender o agronegócio para se ter um ciclo econômico estável. ” Há sempre o setor que puxa a economia e é mais dinâmico. Durante muito tempo no Brasil, foi a indústria de base, depois bens de consumo, mas esse segmento deve ter acúmulo de capital e poder de decisão local, capacidade de inovação e efeito cascata na economia. O setor agro pode fazer esse papel”, finalizou.
Por Paloma Minke
Fotos: João Luiz
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