Podem participar do processo de seleção para compor as 16 Comissões Regionais, representantes de entidades da sociedade civil e do poder público.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Segurança Alimentar (Cosali) e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea), abriu as inscrições para o Processo de Seleção de membros para compor a Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CRSANS).
Podem participar do processo de seleção para compor as 16 Comissões Regionais, representantes de entidades da sociedade civil e do poder público, que possuam atividades relacionadas à segurança alimentar e nutricional ou que possam colaborar com a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de São Paulo.
“A participação nas comissões regionais de segurança alimentar constitui uma oportunidade estratégica para contribuir com iniciativas relacionadas à temática em âmbito regional. Tal envolvimento promove o fortalecimento do diálogo sobre aspectos cruciais como a produção, a qualidade e a disponibilidade de alimentos no estado de São Paulo”, ressalta Camila Kanashiro, coordenadora de Segurança Alimentar da Cosali.
As inscrições estão abertas até o dia 28 de março e a escolha dos membros para compor as CRSANS, será feita mediante processo de seleção, de forma participativa, aberta e democrática em assembleias regionais. O formulário digital está disponível no site do CONSEA-SP, e você poderá acessar diretamente através do link: https://consea.agricultura.sp.gov.br/eleicoes
São Paulo manteve a liderança no ranking dos estados exportadores, com destaque para café, sucos e carnes, que registraram crescimento nas exportações
No acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, as exportações do agronegócio paulista totalizaram US$4,03 bilhões e as importações US$1,02 bilhão. Como resultado, o saldo da balança comercial apresentou um superávit de US$3,01 bilhões, representando uma queda de 25,7% em relação ao primeiro bimestre de 2024. Os dados fazem parte da análise mensal do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
O resultado é fruto de uma queda brusca nas exportações de açúcar, principal produto da pauta paulista para o mercado internacional, que estava aquecido devido à maior disponibilidade do produto proveniente da Índia, Tailândia e União Europeia, associado ao período de entressafra brasileiro. “Os produtores optaram por comercializar o açúcar no mercado interno, onde o preço está mais vantajoso com a desvalorização do dólar frente ao real no começo de 2025”, comenta José Alberto Ângelo, pesquisador científico do IEA-Apta.
Apesar da queda registrada, os embarques paulistas garantiram mais uma vez o status de maior exportador brasileiro a São Paulo, com 18,1% de participação, seguido por Mato Grosso (15%), Minas Gerais (11,6%) e Paraná (11,5%). “Os embarques registrados no início do ano deram uma enfraquecida diante da instabilidade do câmbio, mas o agro paulista manteve sua representatividade nos resultados nacionais. O setor de sucos e o complexo sucroalcooleiro respondem por mais de 50% do total exportado pelo Brasil. Esses números representam a força das agroindústrias paulistas na economia do Estado e do País”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Segundo os dados do IEA-Apta, a participação do setor de sucos nos embarques totais foi de 88%, seguido pelos produtos alimentícios diversos (69,8%), produtos de origem vegetal (65,8%) e complexo sucroalcooleiro (55,2%).
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos
Os cinco principais grupos de produtos exportados pelo agronegócio paulista no primeiro bimestre de 2025 foram:
● Complexo sucroalcooleiro: 27% de participação no agro paulista, US$1,09 bilhão, sendo que o açúcar representou 91,6% e o etanol, 8,4%.
● Grupo de sucos: 14,2% na fração, somando US$573,74 milhões, dos quais 98,6% correspondem ao suco de laranja.
● Setor de carnes: 14,1% de porção, na ordem US$567,76 milhões, com a carne bovina respondendo por 82,1%.
● Produtos florestais: 12,3% de participação, US$494,75 milhões, com celulose representando 54,7% e papel 36,2%.
● Grupo de café: 7,4% na cota, registrando US$297,21 milhões, sendo 70,4% referentes ao café verde e 26,5% ao café solúvel.
Esses cinco grupos representaram, em conjunto, 75% das exportações do agronegócio paulista. O complexo soja aparece na sétima posição, com vendas de US$175,91 milhões, sendo 24,1% referentes ao farelo de soja e 68,5% à soja em grão. A expectativa é de um aumento nas vendas desse grupo nos próximos meses, conforme avance a colheita no estado de São Paulo.
O Brasil celebra hoje, dia 17 de março, o Dia Nacional do Mel, uma data que destaca a importância da apicultura e meliponicultura para a biodiversidade, a economia e a saúde humana. No estado de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI)e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), desempenha papel fundamental no fortalecimento dessa cadeia produtiva.
A CATI promove ações voltadas para o desenvolvimento sustentável da apicultura e meliponicultura, capacitando produtores e incentivando práticas que integram a produção de mel com a preservação ambiental. Por meio de programas e projetos, a CATI apoia pequenos e médios apicultores, oferecendo assistência técnica e promovendo a adoção de tecnologias que aumentam a produtividade e a qualidade do mel produzido no estado. Para saber mais sobre os projetos e programas da CATI, acesse o site oficial: CATI – Apicultura e Meliponicultura.
Já a CDA atua na inspeção sanitária e na garantia da qualidade dos produtos apícolas. A coordenadoria é responsável por fiscalizar a sanidade das colmeias e assegurar que o mel comercializado esteja em conformidade com os padrões de segurança alimentar. Além disso, a CDA incentiva a obtenção de selos de inspeção, como o Selo ARTE, que valoriza os produtos artesanais e permite sua comercialização em todo o território nacional.
O mel produzido em São Paulo é reconhecido por sua diversidade de floradas e alta qualidade, resultado do trabalho conjunto entre apicultores, técnicos e instituições como a CATI e a CDA. Além de ser um alimento natural e nutritivo, o mel é essencial para a preservação da biodiversidade, já que as abelhas desempenham um papel crucial na polinização de culturas agrícolas e plantas nativas.
Neste Dia Nacional do Mel, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento reforça seu compromisso com o fortalecimento da apicultura e meliponicultura no estado, promovendo iniciativas que unem tradição, inovação e sustentabilidade.
Para mais informações sobre os programas e ações da CATI e CDA, acesse os sites oficiais das coordenadorias.
CATI
A CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) é um órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, criado em 1967 e sediado em Campinas. Com o objetivo de promover o desenvolvimento rural sustentável, a CATI coordena ações de assistência técnica e extensão rural voltadas aos pequenos e médios produtores, enfatizando a produção animal e vegetal, além da conservação do solo e da água. Presente em todos os municípios paulistas por meio das Casas da Agricultura e 40 Regionais, oferece sementes e mudas de alta qualidade, garantindo competitividade e incremento da renda dos agricultores. Seu Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) disponibiliza mais de 20 variedades de sementes e cerca de 300 espécies de mudas de qualidade a custos acessíveis, incentivando a competitividade e garantindo a sustentabilidade do agronegócio regional. Site www.cati.sp.gov.br
CDA
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), criada em 2 de setembro de 1998, é responsável pelas atividades de Defesa Sanitária Animal e Vegetal no Estado de São Paulo. Como parte da Secretaria de Agricultura e Abastecimento estadual, tem como função a proteção do agronegócio paulista e a manutenção dos acordos comerciais nacionais e internacionais. Para isso, atua buscando a melhoria das condições sanitárias dos rebanhos e culturas de peculiar interesse do Estado, a garantia da inocuidade dos alimentos, aumentando a oferta e agregando valor aos produtos agropecuários. Suas atribuições legais e sua organização estão atualmente definidas pelo Decreto Estadual n° 66.417, de 30 de dezembro de 2021. Sua sede está localizada na cidade de Campinas e sua estrutura é composta por cinco departamentos, cinco centros técnicos, 40 Regionais de Defesa Agropecuária (CDA Regionais) e 40 Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA), além de outras Unidades de Defesa Agropecuária (UDA). Seu corpo técnico é formado por engenheiros agrônomos, médicos-veterinários, técnicos agropecuários e outros profissionais que compõem as carreiras de apoio agropecuário. Site www.defesa.agricultura.sp.gov.br
Por
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
lsilverio@sp.gov.br
Diretora do Departamento de Comunicação Regional – SAA
Assessora de Imprensa e Comunicação Institucional
O coordenador do Programa Agro Jovem, Luiz Eduardo D’Urso, ministrará a palestra: A participação da juventude nas políticas públicas e no agronegócio.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) participa da 11ª edição do Startup Day, que acontece simultaneamente nos municípios do interior paulista de Assis, Garça, Marília, Pompéia, Tarumã e Tupã.
O evento, que acontece neste sábado (22/03), das 9h às 19h, idealizado pelo Sebrae Startups e cocriado com outros atores do ecossistema de inovação, conta com uma programação que reúne palestrantes de referência em empreendedorismo e inovação.
O coordenador do Programa Agro Jovem da SAA e membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), Luiz Eduardo D’Urso será um dos palestrantes com a temática: A participação da juventude nas políticas públicas e no agronegócio, no município de Pompéia.

O Agro Jovem lançado pela Secretaria de Agricultura de SP em 2024, prevê políticas públicas para integrar as novas gerações ao campo, reduzindo o êxodo rural e garantindo a sucessão familiar.
Sobre a Startup Day
O Startup Day reforça o compromisso do Sebrae Startups em apoiar às ações de empreendedorismo no ecossistema de inovação, contribuindo para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil. De acordo com os realizadores, em 2024, o evento alcançou quase 25 mil participantes em todo o Brasil e cobertura de 184 municípios, incluindo os 26 estados e o Distrito Federal.
Um dos bolsistas selecionados atuará no Departamento de Ciências de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (crédito: Vinícius Alves)
Interessados em pesquisar proteínas vegetais ou lipídios estruturados devem se candidatar até a próxima terça-feira (25)
A Plataforma Biotecnológica Integrada de Ingredientes Saudáveis (PBIS), núcleo de pesquisa liderado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, recebe candidaturas até a próxima terça-feira (25) para duas bolsas de pós-doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos com atividades a serem desenvolvidas em Campinas-SP com valor mensal de R$ 12 mil.
Para atuar por 18 meses no projeto Novas fontes de proteínas vegetais com funcionalidade tecnológica e nutricional, desenvolvido no Ital sob responsabilidade da pesquisadora Mitie Sonia Sadahira, o candidato precisa ser graduado em Engenharia, Tecnologia, Ciência de Alimentos, Farmácia ou Biotecnologia e ter doutorado concluído nos últimos sete anos em Engenharia, Tecnologia, Ciência de Alimentos, Farmácia, Biotecnologia ou áreas afins, entre outros requisitos disponíveis no edital Fundepag.
Já para trabalhar por 20 meses no projeto Síntese, caracterização química e nutricional de lipídios estruturados de baixa caloria para aplicação em alimentos, desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sob responsabilidade da docente e pesquisadora Gabriela Alves Macedo, o candidato precisa ter o título de doutor obtido há menos de sete anos em Engenharia de Alimentos ou área correlata, entre outros requisitos disponibilizados pela Fapesp.
Em ambos os casos, os interessados devem enviar súmula curricular e carta de motivação, sendo que na bolsa oferecida via Fundepag é preciso apresentar a cópia do diploma de doutorado e na bolsa via Fapesp é preciso uma carta de recomendação de professor ou pesquisador sênior.
Sobre o NPOP-PBIS
Fruto de parceria entre institutos de pesquisa, universidades públicas, fundação, cooperativa e empresas paulistas, a Plataforma Biotecnológica Integrada de Ingredientes Saudáveis (PBIS) tem a missão de integrar os sistemas produtivos e aplicar processos biotecnológicos sustentáveis para produção de alimentos usando matérias-primas nacionais e aproveitando subprodutos da agroindústria.
O Núcleo de Pesquisa Orientada a Problemas (NPOP) está alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi aprovado em dezembro de 2020 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no Edital Ciência para o Desenvolvimento, sob liderança do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Também compõem o NPOP-PBIS a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Escola de Engenharia de Lorena (EEL) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), com envolvimento do Instituto Agronômico (IAC) e do Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculados à Apta/SAA. Pela iniciativa privada, são parceiros Dori Alimentos, Jacto, Cargill, Seara, Coplana e Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, com apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).
Neste 16 de março, Dia Nacional sobre a Conscientização das Mudanças Climáticas, setor agrícola reflete sobre os efeitos do clima na produção
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP promove, por meio de seus institutos e coordenadorias, ações para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, a fim de garantir a produção de alimentos em território paulista de forma sustentável com bons níveis de produtividade.
Por meio do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a Secretaria de Agricultura identifica e desenvolve plantas forrageiras, mais adaptadas às mudanças climáticas, com maior eficiência no uso de nutrientes e que impactam positivamente o meio ambiente.

Isso só é possível graças ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG), do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagem e Alimentação Animal do IZ. Vale destacar que o BAG conta com 2000 genótipos de plantas forrageiras armazenados em sementes e um herbário com 1830 espécies. “Estamos atentos às mudanças climáticas, assegurando a produção de alimentos com cultivares mais adaptados ao aumento da temperatura, às variações de chuvas e aos eventos climáticos extremos”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai.
O Instituto Agronômico, também vinculado à Apta, desenvolve soluções tecnológicas, por meio da genética, em um contexto de mudanças climáticas e da crescente demanda mundial por alimentos. O Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do IAC, por exemplo, com as duas cultivares IAC VU 211 Bamboo e a IAC VU 212 Red Bamboo, atendem mercados como a China e a Índia.

O IAC também desenvolve porta-enxertos, parte inferior da planta para a produção de mudas, que se destacam pela maior tolerância ao estresse hídrico, ou seja, quando há pouca disponibilidade de água. Os materiais, importantes para a citricultura paulista – uma das principais atividades agrícolas do agro paulista, são: Citrandarins IAC 3128, Guanabara, IAC 3152 Itajobi, IAC 3026 Santa Amélia, IAC 3010 Pindorama, IAC 3070 Capão Bonito e IAC 3299 Muriti.
Além da vantagem em relação à falta de água, os porta-enxertos permitem a diversificação de variedades nos pomares brasileiros com alta qualidade da fruta para a indústria ou para o consumo in natura. Mas as pesquisas vão muito além, o IAC também desenvolve tecnologias para produtos como amendoim, milho, mandioca, café, batata-doce e cana-de-açúcar.
Irrigação
Para aumentar a eficiência no uso de água e mitigar os efeitos da estiagem, SP disponibilizou uma linha de crédito de R$200 milhões para irrigação pelo Programa Irriga + SP, parceria entre a Secretaria de Agricultura e a Desenvolve SP. Os recursos são destinados a projetos com foco na implementação de sistemas de irrigação, energia fotovoltaica e agricultura de precisão. A iniciativa pretende garantir a produção de alimentos e o desenvolvimento regional em um cenário de eventos climáticos extremos.

Foto por João Luiz
O objetivo da linha, recurso do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), é dobrar as áreas irrigadas do estado em 4 anos e alcançar 15% em 2030. Hoje, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), áreas irrigadas produzem mais de 40% dos alimentos mundiais. O Atlas da Irrigação, da Agência Nacional de Águas (ANA), prevê uma incorporação de 4,2 milhões de hectares de área irrigada até 2040 no país.
Por meio do Programa Integra SP, o secretário de Agricultura Guilherme Piai vem disseminando pelo estado a implementação de práticas agrícolas no âmbito da IPF.
A importância da floresta no sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi o tema do Dia de Campo, promovido pela Nelore Mocho CV, na Fazenda Campina, localizada no município de Caiuá, nesta quinta-feira (13/03), que contou com a participação do secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.
No evento, que comemora os 10 anos da implantação do sistema ILPF na propriedade, a Nelore Mocho CV apresentou os resultados do uso do sistema agrossilvipastoril de ILPF com eucalipto na propriedade, com dicas para melhorar a produção por meio de manejos corretos, sem a necessidade de novas áreas.
“O ILPF é uma estratégia que promove a rentabilidade do produtor e ao mesmo tempo permite a recuperação das pastagens degradadas dentro da propriedade, mais uma grande colaboração do agro para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para a ampliação da capacidade do setor em produzir alimentos para a população”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
Com apoio do Governo de SP, o dia de campo destacou a importância da ILPF no sistema agrossilvipastoril estabelecido há uma década em uma área de 60 hectares, demonstrando a viabilidade e os benefícios da integração. Segundo Carlos Viacava, da Nelore Mocho CV, a Fazenda Campina alcançou um novo patamar, com a implantação do sistema ILPF. “Optamos pelo eucalipto, que cresce rápido e, hoje, produzimos 70 mil sacas de soja, 16 mil toneladas de silagem, 20 mil sacas de milho e diversas outras culturas, como aveia, girassol, milheto e sorgo″, explicou Viacava.
Francisco Matturro, presidente-executivo da Rede ILPF, lembra que a Fazenda Campina está localizada em uma região desafiadora, predominantemente de solos arenosos, característica que marca o arenito Caiuá. “A implantação do sistema ILPF tem proporcionado o desenvolvimento simultâneo de lavouras e bovinocultura, assim como a produção de silagem para alimentação dos rebanhos nos períodos de seca, que são bem acentuados na região”, destaca.
Rede ILPF
A integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades. Esta forma de sistema integrado busca otimizar o uso da terra, elevando os patamares de produtividade, diversificando a produção e gerando produtos de qualidade. Com isso reduz a pressão sobre a abertura de novas áreas.
Formada pela parceria público-privada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Bradesco, a Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano e Timac Agro, a Rede ILPF promove os sistemas integrados de produção − Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) − como uma solução sustentável e lucrativa para agropecuária brasileira.
A convite da Wylinka, o coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil Ghobril, e o gestor do AptaHub, Sérgio Tutui, estão representando a instituição na Delegação Brasileira de Deeptechs em Paris. O evento tem sido uma oportunidade estratégica para fortalecer conexões e explorar novas possibilidades de colaboração no cenário global de inovação.
Além da participação no Deeptechs Summit 2025, a comitiva realizou uma visita à Station F, o maior campus de startups do mundo, onde puderam conhecer de perto iniciativas voltadas à aceleração de Deeptechs e inovação científica. “A imersão no ecossistema francês tem proporcionado trocas valiosas sobre os desafios da transição da pesquisa para o mercado, bem como caminhos para ampliar o impacto das tecnologias emergentes”, salienta Carlos Nabil, coordenador da Apta.
Durante o encontro, foram apresentados desafios e oportunidades para a aceleração de Deeptechs, com destaque para a importância de eliminar entraves burocráticos e viabilizar a transição da pesquisa para o mercado.
Entre as atividades, a delegação foi recepcionada por representantes da Embaixada Brasileira na França, e visitou ainda o cluster de inovação Paris-Saclay, um dos mais relevantes polos de ciência e tecnologia da Europa. No local, os participantes conheceram o Servier Research and Development Institute, centro de pesquisa e desenvolvimento com 2 mil metros quadrados, que abriga cerca de 120 pesquisadores e oferece infraestrutura para 30 startups, com foco predominante na área da saúde.
“A experiência tem sido fundamental para ampliar o conhecimento sobre o modelo francês de inovação e estabelecer parcerias que possam contribuir para o fortalecimento do ecossistema de deeptechs no Brasil”, comenta Sérgio Tutui, gestor do AptaHub, programa que conecta empreendedores, startups, pesquisadores e empresas aos sete institutos da Apta – Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional.

O AptaHub é um programa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), que realiza um trabalho em conjunto com a Cietec e coexecução de Wylinka e ImpactHub, e tem investimento total de R$13,5 milhões.
Sobre a APTA
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) é o órgão responsável por coordenar as atividades de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em sua estrutura estão presentes sete Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), com unidades distribuídas por todas as regiões do estado: Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional.
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Núcleo de Comunicação Científica
Janete Galbiati
janete.galbiati@sp.gov.br
Com a finalidade de debater as projeções da safra 2025/26 e os desafios e oportunidades da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) participou nesta quarta-feira (12), da 9ª Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol, no município de Ribeirão Preto, interior paulista. O evento realizado pela Datagro, reuniu os principais especialistas, lideranças e representantes do setor sucroalcooleiro.
Além das análises de mercado e desempenho da safra do último ano, os 14 painéis desta edição abordaram temas como produtividade agrícola, automação e novas tecnologias, eficiência industrial, transformação digital e sustentabilidade. “O setor sucroenergético é um dos pilares da economia paulista e se destaca cada vez mais pela inovação e um rigoroso padrão de sustentabilidade por iniciativas como o Protocolo Etanol Mais Verde, em parceria com todos os elos da cadeia produtiva do açúcar, álcool e bioenergia”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai.
Vale destacar que o estado de São Paulo lidera a produção nacional de cana-de-açúcar, com 383,4 milhões de toneladas na safra 2023/2024, o que representa mais de 50% da safra do País. Entre os meses de janeiro e fevereiro, o complexo sucroalcooleiro registrou 27% de participação no agro paulista, com o embarque de US$ 1,09 bilhão, sendo que o açúcar representou 91,6% e o etanol, 8,4%.
O evento também abordou as transformações do mercado global e das novas demandas energéticas, incluindo o crescimento da produção de etanol de milho e a digitalização da gestão operacional e de manutenção. A automação e a implementação de novas tecnologias serão discutidas como vetores de aumento da produtividade e excelência operacional no setor. “O setor está em um momento de transição tecnológica e avanço na sustentabilidade, com investimentos significativos que devem elevar a competitividade e contribuir para a redução da pegada de carbono da produção de etanol”, afirma Plinio Nastari, presidente da Datagro.

Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia
No início deste ano, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo anunciou a reativação da Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia. Após três anos em processo de transição, a Câmara Setorial do setor sucroenergético foi reaberta com um plano de ação em prol do avanço da cadeia produtiva da cana-de-açúcar paulista. Com iniciativas amplas de governança, políticas públicas, sustentabilidade e inovação tecnológica, com um foco especial na reestruturação do Programa Etanol Mais Verde, o objetivo é colocar SP, líder nacional na produção de cana e seus derivados, na vanguarda do setor.
A Secretaria de Agricultura deu posse ao novo presidente da Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia, Bruno Garcia, representando a Orplana, que assumiu a liderança do colegiado em um momento estratégico, com a missão de conduzir a cadeia produtiva no processo de transição energética e na implementação de medidas sustentáveis e inovadoras. A câmara é um fórum permanente entre setor privado e público, apoiado pela Secretaria Estadual de Agricultura.
A Apta Regional de Brotas, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizou o encontro Tour de Soja, um evento que promoveu a atualização tecnológica e soluções nutricionais para potencializar os resultados da cultura de soja. A Instituição abriu espaço para reunir fornecedores de produtos e tecnologias essenciais para o cultivo da soja, oferecendo aos participantes acesso a resultados de pesquisas regionais e a informações de ponta.
Os participantes realizaram visitas aos campos de demonstração com cultivares promissoras para as condições edafoclimáticas da região de Brotas. Durante o Tour, coordenado pela pesquisadora Carla Cachoni Pizzolante, da Apta Regional de Brotas e pesquisador Sergio Dona, da AptaRegional de Assis, foram apresentados os resultados das avaliações de cultivares de soja referentes à safra 2023/24.
O evento contou com apresentações de empresas fornecedoras de cultivares de soja, adubos, fertilizantes, fungicidas, inseticidas, inoculantes e outras tecnologias que têm sido incorporadas anualmente ao processo produtivo. “O destaque do dia de campo somou-se a interação com técnicos responsáveis pelos produtos e tecnologias, permitindo aos produtores trocar experiências e insights com especialistas e participantes”, ressaltou Carla.
Depoimentos de participantes reforçaram o impacto positivo do evento. Para o agropecuarista Rogério Munhoz Figueiredo, o evento trouxe “informações valiosas sobre novas tecnologias e materiais genéticos, ampliando possibilidades para impulsionar a agricultura no município de Brotas”.
“O Tour de Soja foi uma oportunidade excepcional para nivelar conhecimentos e abrir caminhos para novas oportunidades no agronegócio”, enfatizou Fausto Batista Villa, médico veterinário.
Já o agropecuarista Daniel Escalabrim elogiou as palestras e identificou materiais genéticos que atenderão às exigências climáticas da região. “Isso garantirá maior resistência das cultivares nas próximas safras”, destacou.
O Tour de Soja recebeu o apoio dos parceiros AgriVitta [representado pelo Engenheiro Agrônomo Luciano Machado], Attivare, Brandt, Corteva, Credenz, Ferticel, Giovelli, Lagoa Bonita, Santa Clara Agrociência e Vital Seeds, além do apoio do secretário de agricultura da Prefeitura da Estância Turística de Brotas, Douglas Duarte.
“O evento reafirmou o compromisso da Apta Regional com a divulgação de conhecimentos e a introdução de tecnologias que promovem o desenvolvimento do agronegócio local”, completou Sergio.
A próxima edição do evento está prevista para o primeiro semestre de 2026, ao final da safra, quando serão testadas novas cultivares adaptadas ao clima e solo da região.

Apta Regional
A Apta Regional, Instituição de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – ICTESP – é uma das sete instituições de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). São 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo, nas áreas de agronomia, zootecnia, pesca continental, sanidade vegetal, sanidade animal, agregação de valor em produtos de origem animal e vegetal, sistemas integrados de produção e segurança alimentar. Considerada o maior hub descentralizado de pesquisa do agronegócio, com soluções tecnológicas aplicadas na agricultura e na pecuária paulista, focadas nas peculiaridades locais e regionais, atendendo as necessidades das cadeias produtivas do agro.
Por
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
lsilverio@sp.gov.br
Diretora do Departamento de Comunicação Regional – SAA
Assessora de Imprensa e Comunicação Institucional