Secretaria de
Agricultura e Abastecimento

Citricultura – Secretaria de Agricultura intensifica combate ao greening em SP com novas resoluções

Dando sequência aos trabalhos de combate ao Greening, doença que ameaça a citricultura em todo o mundo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) publicou nesta segunda-feira (19), duas resoluções que intensificam as ações de combate à doença. A Resolução nº 23/2025 proíbe o plantio e a manutenção de plantas hospedeiras da bactéria em todos os imóveis mantidos ou gerenciados pela Secretaria e a Resolução nº 24/2025 a qual proíbe a produção e plantio de mudas de murta, bem como o comércio, o transporte e a utilização da murta no paisagismo urbano em áreas públicas e privadas em todo o território paulista, exceto para plantas destinadas à pesquisa científica e devidamente cadastradas na Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).

“Estas novas resoluções são um passo crucial na nossa luta contra o Greening. Proibindo o plantio de plantas hospedeiras e regulamentando a murta, estamos protegendo nossa citricultura e garantindo o futuro da produção de citros em São Paulo”, completa o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai

De acordo com a Resolução 23, o cultivo das espécies Citrus spp, Fortunella spp, Poncirus app e a Murraya paniculata continua permitido somente para fins de pesquisa científica, desde que os pesquisadores adotem medidas seguras para o controle da doença e do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, e garantam a segurança fitossanitária das culturas de citros. A resolução também não se aplica ao cultivo comercial destas espécies, desde que os viveiros estejam devidamente cadastrados na Defesa Agropecuária. Porém, a produção comercial da murta em imóveis da Secretaria está proibida.

Já a Resolução nº 24 proíbe a produção e plantio de mudas e de hastes da murta, bem como o comércio, o transporte e a utilização da murta no paisagismo urbano em áreas públicas e privadas em todo o território paulista, exceto para plantas destinadas à pesquisa científica e devidamente cadastradas na CDA. Caso haja necessidade de transporte interestadual da murta, esta deve circular em veículo fechado, com documento fiscal e Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV). A exposição de murta em eventos como feiras e exposições também deve ter autorização prévia da Defesa Agropecuária. O não cumprimento da norma legal acarretará em penalidades previstas no Decreto Estadual 45.211 de setembro de 2000.

“Como se diz, o exemplo vem de casa e a Secretaria de agricultura irá dar o exemplo no combate ao Greening a partir da eliminação de todas as plantas hospedeiras de suas áreas particulares. O Estado irá apoiar a erradicação das murtas em áreas públicas e privadas, substituindo as plantas por espécies nativas com o apoio do setor produtivo, reforçando o esforço conjunto para manter a sanidade da citricultura paulista”, comenta Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV) da Defesa Agropecuária.

São Paulo no combate ao Greening

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) atua com ações sanitárias, fiscalização e orientação técnica em todo o estado, além de seguir na linha de frente no combate à doenças como o Greening/HLB e o Cancro Cítrico. A legislação em vigor estabelece medidas rigorosas de defesa sanitária vegetal, como a proibição do comércio ambulante de mudas cítricas, prática que representa risco significativo à sanidade dos pomares comerciais. Em 2024, foram 1743 fiscalizações de HLB , totalizando 4.502.358 mudas retiradas. Além disso, foram realizadas 37 palestras educativas para público externo.

Além disso, a Coordenadoria mantém um canal direto para denúncias sobre pomares abandonados ou mal manejados. Em abril foram atendidos 57 chamados. A presença desses pomares, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri) — vetor do Greening — ou sem a devida erradicação de plantas contaminadas, representa uma ameaça à citricultura paulista, ao funcionar como fonte permanente de disseminação da doença.

Pesquisa e inovação para citricultura

Para ampliar a base de conhecimento e promover inovação no setor, foi criado o Centro de Pesquisa Aplicada em Inovação e Sustentabilidade da Citricultura (CPA), resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o Fundecitrus, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).Com investimento previsto de R$ 90 milhões nos próximos cinco anos, o CPA tem como missão promover a formação de novos grupos de pesquisa e consolidar iniciativas existentes, com foco prioritário no enfrentamento ao greening. 

Evento dedicado à bananicultura teve início nesta terça-feira em Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira; Secretaria de Agricultura promove dia de campo e ações voltadas à regularização fundiária

O Governo de São Paulo participou nesta terça-feira (13), em Pariquera-Açu, da abertura da 13ª edição da Feira da Bananicultura e Agronegócio (Feibanana), o maior evento dedicado ao setor no Brasil. A estimativa para os três dias de feira, que reúne mais de 65 expositores, é de 13 mil visitantes e movimentação de mais de R$ 83 milhões em negócios.

“O Agro é uma das principais forças do Estado de São Paulo e apostamos forte neste setor, com incentivos e apoio em diversas iniciativas. Recentemente destinamos o equivalente a R$ 600 milhões em ações que impactam do pequeno ao grande produtor, incluindo crédito agrícola e seguro rural. Dessa forma, incentivamos o desenvolvimento regional em todo o estado”, afirmou o governador em exercício, Felicio Ramuth.

Nesta quarta (14) e quinta-feira (15), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento realiza Dia de Campo na área experimental da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta Regional), próxima ao Centro de Eventos de Pariquera-Açu, onde a feira é realizada. A iniciativa tem como principal objetivo a difusão das práticas de manejo para combate das principais pragas da bananicultura, como a Sigatoka-negra, além da apresentação de tecnologias destinadas aos bananais paulistas.

Durante o evento, o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) também está presente com ações voltadas à regularização fundiária. A equipe do Itesp estará disponível para ouvir as demandas dos produtores rurais, conscientizar sobre a importância da regularização das propriedades rurais e orientar quanto aos processos necessários. Já a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) participa com sua equipe de assistência técnica e extensão rural, oferecendo suporte direto aos agricultores e fortalecendo a integração entre pesquisa, tecnologia e produção no campo.

“São Paulo produz aproximadamente 30% de toda a banana brasileira e essa feira chega à sua 13ª edição se consolidando como referência. O Vale do Ribeira é uma região de extrema importância para o governo estadual e temos avançado com a regularização fundiária e investimento na agricultura familiar”, acrescentou o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.

A Feibanana oferta produtos e insumos agrícolas, veículos e maquinários e se destaca pela série de palestras que introduzem as mais recentes tecnologias a serviço da produção da fruta, que lidera o consumo in natura no país. A programação, que vai até a próxima quinta-feira (15), também apresenta resultados de produtos das empresas expositoras, ações socioeducativas, shows e exposições de artesanatos regionais voltados à cultura da banana.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento anuncia pacote de investimentos de R$ 600 milhões para impulsionar o agronegócio paulista

A maior feira de agronegócio da América Latina, realizada entre os dias 28 de abril e 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP), encerrou sua edição de 2025 com um volume recorde de negócios: R$ 14,6 bilhões, o que representa um crescimento de 7% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pelos organizadores.

Além dos números expressivos, a Agrishow 2025 foi palco de importantes anúncios para o setor. Durante o evento, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lançou um pacote de investimentos no valor de R$600 milhões voltado ao fortalecimento do agronegócio paulista.

“O agro paulista é muito forte e está quebrando recordes em todas as áreas. Feiras como a Agrishow mostram bem como o setor é gigante e tem um peso enorme na nossa economia”, afirmou o secretário de Agricultura, Guilherme Piai.

Entre as ações anunciadas, estão:

  • R$ 100 milhões em subvenção ao seguro rural, via Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), para proteger os produtores contra perdas decorrentes de eventos climáticos adversos. O recurso garante o reembolso parcial do prêmio líquido pago na contratação do seguro agrícola.
  • Ampliação do programa Melhor Caminho, com investimentos superiores a R$200 milhões até 2026, visando recuperar mil quilômetros de estradas rurais em todo o estado. O programa também prevê a construção de pontes metálicas e de concreto, além da criação de centros de distribuição e comercialização de produtos agrícolas.
  • R$ 50 milhões para o programa Pró-Trator, que oferece juros subsidiados na aquisição de máquinas agrícolas por pequenos e médios produtores. O programa agora passa a atender também cooperativas de produtores rurais, ampliando o acesso ao crédito.
  • R$60 milhões de investimentos por meio do Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) voltado para desenvolver a infraestrutura logística rural e biocombustível

Durante os seis dias de evento, a Agrishow recebeu 197 mil visitantes, entre produtores rurais de pequeno, médio e grande porte, além de representantes de diversos estados brasileiros e do exterior.

A próxima edição da feira já tem data marcada: acontecerá de 27 de abril a 1 de maio de 2026, novamente em Ribeirão Preto.

Programa Agro Clima SP do Governo de São Paulo já conta com 230 estações meteorológicas funcionando e pretende implantar outras 100 até 2026

Realidade já vivenciada por centenas de produtores rurais em todo o Estado de São Paulo, o Programa Agro Clima SP será expandido, ganhando mais 100 novas estações meteorológicas. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e conta ainda com a parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (FUNDAG).

O Agro Clima SP já conta com 230 estações meteorológicas instaladas em diversas regiões do Estado, oferecendo em tempo real dados como temperatura, umidade do ar, precipitação das chuvas, entre outras informações. Regina Célia de Matos Pires, pesquisadora científica e vice-diretora do IAC explica que o sistema de monitoramento libera boletins diários, que são atualizados, a cada 20 minutos. “São dados precisos, disponibilizados gratuitamente para o produtor rural, mas também para prefeituras, defesa civil, corpo de bombeiros e população em geral”, explica Regina.

A diretora aponta ainda que o Agro Clima SP promove a resiliência agrícola frente às mudanças climáticas, como secas, riscos de incêndio ou tempestades. Outro benefício é o impacto direto na agricultura, permitindo melhor prognóstico de produtividade, manejo dos recursos hídricos, controle de pragas, suporte técnico para agricultura sustentável, entre outros. “O programa facilita o acesso a dados importantes, permitindo entender melhor estudos e modelos climáticos”, aponta Regina.

Quem visitou o estande do IAC-APTA durante a Agrishow 2025 pode conhecer melhor o programa. No local foram instaladas duas estações, coletando dados que permitem o uso racional da água na agricultura irrigada, por exemplo. Funcionando de forma autônoma, com energia solar, os sensores monitoram o clima, mas também podem medir a quantidade de água no solo, permitindo um sistema de irrigação mais eficiente e sustentável.

Orivaldo Brunini, diretor-presidente da FUNDAG, observa que o programa está sendo intensificado em várias regiões. A mais recente é a região do Alto Tietê, beneficiada com dez estações meteorológicas. As três primeiras estão sendo instaladas nas praias de Barra do Una e Maresias, em São Sebastião e também em Caraguatatuba. Para receber os boletins agrometeorológicos diários, municípios e organizações da sociedade civil podem firmar convênios e parcerias com o Governo de São Paulo.

Municípios e organizações da sociedade civil interessados poderão firmar convênios e parcerias com o Estado de São Paulo para o recebimento dos boletins agrometeorológicos.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

Disseminar a extensão rural, incentivando o produtor a cultivar plantas nativas e frutíferas é um dos principais objetivo do Departamento de Sementes e Mudas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Para isso, a unidade trouxe para Agrishow 2025 mais de 4.000 mudas para comercialização, entre espécies florestais nativas, frutíferas e as micro propagadas, cultivadas em laboratório, como o mirtilo e algumas cultivares de banana. Tem opções a partir de R$6 reais.

Outras 1.500 unidades foram doadas a produtores rurais que passaram pelo estande da pasta na feira. Marcos Augusto Franco, diretor técnico da Cati Sementes e Mudas, explica que iniciativa integra uma ação de marketing, com objetivo de incentivar os produtores a ampliar o cultivo de plantas nativas e o fomento à fruticultura. “Com isso, ele amplia as áreas verdes em sua propriedade”, afirma Marcos.

Os visitantes da feira, podem escolher, entre uma diversidade de opções frutíferas, como jabuticaba, araçá, uva, manga, entre outras, além de uma diversidade em árvores, como jacarandás ou os coloridos ipês. Marcos observa que a Cati mantém nove fazendas de produção de mudas e sementes, atendendo o produtor rural, mas também as prefeituras e o público em geral.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

Para atender a uma crescente demanda brasileira por produtos naturais vindos de produção sustentáveis, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) amplia as ações de divulgação de seus trabalhos. Um deles é o programa de sistemas de produção de plantas aromáticas e medicinais, desenvolvido pelo Centro de Horticultura do IAC. Eliane Gomes Fabri, pesquisadora e diretora do Centro, explica que o trabalho vai muito além do melhoramento genético de plantas usadas para esse fim.

São espécies como lavanda, alecrim, manjericão, gerânio, melaleuca, entre tantas outras, que ganham novas funcionalidades, além de temperos ou enfeites de jardins. Eliane afirma que a população está voltando às raízes, procurando consumir produtos cada vez mais naturais. Um exemplo disso são os tratamentos terapêuticos à base de óleos essenciais. Este também é uma das linhas de trabalho do Programa. A partir do estudo de espécies que melhor se adaptam às diferentes regiões brasileiras, desenvolvem o cultivo a fins de produzir óleos essenciais.

Para isso o IAC conta com uma planta piloto para extração de óleos e seus bioinsumos. “Hoje já temos produtos direcionados não só para o consumo humano, como também animais de pequeno, médio e grande porte e na agricultura”, explica a pesquisadora. A divulgação desse trabalho e seus benefícios é feita por meio de palestras e cursos, realizados na unidade de Campinas ou em outros locais, de acordo com a demanda e necessidade de cada região.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

A força do agronegócio paulista se revela na diversidade e qualidade dos produtos artesanais 

Na Agrishow 2025, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento apresenta um pavilhão dedicado aos produtos artesanais do agronegócio paulista. O espaço conta com 120 produtores de diversas regiões de São Paulo, um aumento em relação aos 90 expositores da edição anterior. A iniciativa é liderada pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo e Viagens. O pavilhão oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer a diversidade e excelência dos produtos artesanais de São Paulo, com novidades e foco no protagonismo dos produtores, conta Adriana Verdi, coordenadora substituta da Apta.

Para participar do Pavilhão dos Artesanais, Adriana revela que os produtores devem cumprir quesitos técnicos, participar dos programas artesanais, seguir as normas fitossanitárias vigentes, entre outras exigências. “A Secretaria de Agricultura desenvolve diversas ações que valorizam os produtos típicos, muitos deles já considerados patrimônio histórico gastronômico”, afirma Adriana.

Muitos dos expositores mantêm a tradição e o trabalho em família, como é o caso da Clara Aparecida Pacovan Pavan. A união de forças com o marido Marcos e os filhos Verônica e Gabriel transformou a produção caseira em um produto rentável. Com a marca Clamar Conservas, de Jundiaí, criaram um mix de 75 itens entre geleias, patês, picles e antepastos. A qualidade e organização da empresa familiar rende elogios e prêmios. A geleia de caju com pimenta foi finalista do prêmio CNA Brasil Artesanal, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). “Estamos confiantes na premiação. Fomos selecionados entre 240 produtores e disputaremos o prêmio com cinco finalistas no dia 13 de maio em Brasília”, antecipa Clara.

Quem também está entusiasmada com a oportunidade é a produtora Maria Lucília Saad, de Salto. Ao lado do marido Rubens, trouxe para Agrishow 2025 novidades em seu portfólio de produtos feitos à base de cana. Os sorvetes de açaí e de paçoca adoçados com rapadura conquistaram o paladar dos visitantes e expositores da feira. 

Depois de anos produzindo melado e rapadura para terceiros, eles resolveram se profissionalizar ainda mais e criaram a própria marca em 2021. Hoje a Khanna já conta com 16 itens. “Além disso, também movimentamos outras cadeias produtivas, pois usamos outros produtos em nossas receitas, como pimentas, açaí, amendoim e goiaba”, observa Lucilia.

História e tradição também enriquecem o sabor dos produtos da empresa Seu Pé de Jabuticaba, da cidade de Casa Branca. Sob o comando de Luis Gustavo Genaro e sua esposa Priscila, a produção aproveita tudo que os três mil pés de jabuticabas podem oferecer. Além das tradicionais geleias, licores, vinagre, aguardente e sorvetes, a empresa trouxe novidades: a jabuticaba de corte e a versão da fruta e casca cristalizadas. A aprovação do público surpreendeu os empresários que viram os estoques esgotarem já no terceiro dia de feira. Os produtores também aproveitam para divulgar a visitação à propriedade em épocas de colheita da fruta, que geralmente acontece entre os meses de setembro a novembro.

Do consumo familiar para o mercado de produtos artesanais, o produtor Lúcio Paulo Ribeiro da Silva da Prelúdio Charcutaria, de Santo André, conta que a marca nasceu da tradição familiar de buscar alimentos mais saudáveis e uma alimentação melhor, sem aditivos químicos. “Essa união de esforços não apenas fortalece o mercado interno, mas também projeta o agronegócio de São Paulo como referência de qualidade e inovação no cenário nacional”, comenta Lúcio. 

Relevância do selo Agro SP Artesanal 

A empresária Flávia Brunelli também juntou a tradição familiar de quatro gerações italianas à paixão pela gastronomia. Acostumada a lidar com suínos, ela estudou e pesquisou até encontrar um novo nicho de mercado para os cortes nobres da raça suína duroc. 

Em 2017, Flávia criou uma marca especializada em cortes nobres de leitão de leite, como são chamados os animais mais novos e mais pesados, a Del Veneto. Hoje são mais de 100 tipos de produtos personalizados e toda linha artesanal de charcutaria com linguiças, salames e prosciuttos (um tipo de presunto), que abastecem a um mercado consumidor cada vez mais exigente. 

Mercado que em breve poderá ser expandido, por meio de mais uma certificação de qualidade. Durante a Agrishow 2025, Flávia recebeu o Selo Agro SP Artesanal de número 175, uma certificação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), como explica João Gustavo Loureiro Pereira, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária Paulista (Codeagro). “O selo representa um rito simplificado de registro, que pode sair em menos de uma semana. Sem burocracia, mas obedecendo a todos os preceitos de inocuidade”, enfatiza João.

Concedido gratuitamente pela Codeagro, o selo garante a segurança alimentar, valoriza os produtos paulistas e reconhece sua qualidade artesanal, elevando a competitividade e a rentabilidade dos produtores. Entre os principais benefícios estão o fortalecimento do reconhecimento pelos consumidores e a melhoria da rentabilidade para os produtores artesanais, tornando os produtos mais atraentes e confiáveis no mercado.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

Durante a Agrishow 2025, a parceria entre a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta Regional) e a Coordenadoria de Segurança Alimentar (Cosali) promete encantar os visitantes no espaço gourmet com iniciativas que destacam a sustentabilidade e a riqueza gastronômica do agronegócio paulista. A mandioca, tradicional alimento brasileiro, será protagonista em degustações e como matéria-prima para recipientes biodegradáveis, promovendo soluções inovadoras para redução de resíduos.

Além da mandioca, o arroz arbóreo e a batata colorida também fazem parte dessa parceria. O arroz arbóreo será utilizado na degustação de risotos, como o de mel com parmesão, complementando a divulgação do livro Agro SP na Mesa – Arroz e Feijão, que reúne informações sobre a importância nutricional e cultural desses alimentos.

Já a batata colorida estará presente na forma de chips, mostrará suas qualidades únicas e versatilidade, destacando suas características únicas e alto valor agregado, além de promover o lançamento do livro Agro SP na Mesa – Batata, com conteúdo técnico e receitas criativas. O projeto Cozinhalimento também será destaque, com preparo interativo de saladas e tabules, reforçando a importância da alimentação sustentável e criativa.

Durante a Agrishow 2025, a COSALI divulgará o Projeto Cozinhalimento e a Coleção Agro SP na Mesa, por meio das seguintes ações:

01/05 (Quinta-Feira):

• 11h: Degustação de Cookies de Cacau

Divulgação e distribuição do livro Agro SP na Mesa – Cacau

• 15h: Divulgação do Projeto Cozinhalimento

Preparo interativo e Degustação de Antepasto de berinjela

Distribuição de folder informativo do projeto e receitas

• 16:30h: Parceria com Apta Regional e IAC (disponibilização da mandioca e dos

recipientes elaborados a partir do resíduo da mandioca)

Degustação de Mandioca

Divulgação e distribuição do novo livro Agro SP na Mesa – Mandioca

02/05 (Sexta-Feira):

• 10h: Parceria com Apta Regional e IAC (disponibilização da mandioca e dos recipientes

elaborados a partir do resíduo da mandioca)

Degustação de Mandioca

Divulgação e distribuição do novo livro Agro SP na Mesa – Mandioca

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

O Instituto Agronômico (IAC) apresenta na Agrishow 2025 sua mais nova cultivar de feijão carioca: a IAC 2560 Nelore, que tem alta tolerância à antracnose e é tolerante ao escurecimento dos grãos, e a nova cultivar de batata-doce IAC Dom Pedro II, alaranjada e biofortificada, que apresenta 64,71 vezes mais carotenoides do que as mais plantadas no Brasil, além de alta produtividade, precocidade e bom cozimento.

Além dessas novidades, outras tecnologias IAC estão expostas nas áreas de grãos, cana-de-açúcar, engenharia e automação, horticultura e café. Os visitantes poderão conhecer os pacotes tecnológicos e conversar com as equipes do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A mais nova cultivar de feijão carioca IAC 2560 Nelore é tolerante ao escurecimento dos grãos e tem alta tolerância à antracnose, importante doença do feijoeiro. Possui potencial produtivo de 70 sacas, por hectare. Com caldo espesso de alta qualidade, conquista excelente aceitação no mercado, tendo sido testado e aprovado pela indústria. Este novo material chega para complementar o IAC 2051, que é o carioca mais procurado no Instituto, por todas as suas qualidades e cultivado em diversos estados, mas é suscetível para a antracnose. 

O IAC 2560 Nelore é resistente a várias raças fisiológicas do patógeno, que acometem o feijoeiro no Brasil. “Nós o desenvolvemos em função da cultivar IAC 2051, o nosso carro-chefe atualmente. Apesar de todas as qualidades que ele tem, como produtividade, grão claro, escurecimento muito lento, podendo ser armazenado por mais de um ano, ele apresenta suscetibilidade para a antracnose, doença fúngica que pode causar perdas de até 100% do feijoeiro. Por isso o Nelore foi desenvolvido para suprir essa suscetibilidade que o IAC 2051 tem para a antracnose”, explica Alisson Chiorato, pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Com o mesmo potencial produtivo, IAC 2560 Nelore também tem grão tolerante ao escurecimento. Esta característica agrada ao consumidor, que não quer um feijão escuro e favorece a cadeia produtiva, que pode armazená-lo por cerca de 12 meses, sem perder venda. Seu ciclo agronômico é médio normal, variando de 80 a 85 dias.

A cultivar IAC Dom Pedro II apresenta 64,71 vezes mais carotenoides do que as mais plantadas no Brasil, além de alta produtividade, precocidade e bom cozimento. 

Nova batata doce

O IAC-Apta desenvolveu ainda uma nova cultivar de batata-doce de polpa alaranjada excelente para uso culinário visando à biofortificação de alimentos para torná-los mais

nutritivos. Comparativamente com as cultivares mais plantadas no Brasil, este novo material, chamado IAC Dom Pedro II, tem 64,71 vezes mais carotenoides, responsável pela provitamina A. Além desta característica que atrai consumidores, a nova batata-doce IAC apresenta produtividade 48,60% superior à da principal variedade cultivada no Estado de São Paulo, chamada Canadense.

“Em cultivares de polpa branca, a concentração de betacaroteno é inferior a 1 micrograma, por grama, de polpa fresca de raiz. No caso da IAC Dom Pedro II, o teor pode chegar a 77 micrograma, por grama, de polpa fresca de raiz, por isso, ela é considerada uma cultivar de batata-doce biofortificada”, explica o pesquisador do IAC, Valdemir Peressin. 

A IAC Dom Pedro II destacou-se por sua elevada produtividade comercial de 67,18 toneladas, por hectare. Este resultado foi a média dos cinco experimentos realizados. “Sua produtividade superou a dos materiais com as quais foi comparada na pesquisa. Foi 48,60 % superior à principal variedade cultivada nas lavouras paulistas, a Canadense, e 74,90% superior à Mineirinha e 120,99 % superior à Uruguaiana”, explica Peressin.

Além da cor da polpa alaranjada escuro e com sabor agradável e da alta produtividade, a precocidade desta batata-doce é outro atributo desejado para os mercados interno e externo. Seu ciclo é de 100 a 120 dias na primavera/verão e de 120 a 150 dias no outono/inverno. Vale, também, destacar que pode ser uma opção nutricional bem interessante para alimentação escolar, através de programas públicos para aquisição de alimentos.

Desenvolvida por meio de técnicas de melhoramento genético convencional, isto é, não se trata de transgenia, a cultivar IAC Dom Pedro II caracteriza-se também pelo elevado pegamento de suas ramas e tem raiz tuberosa com formato largo elíptico e cor da pele alaranjado.

Trabalharam no desenvolvimento desta batata-doce os pesquisadores Valdemir Antonio Peressin, José Carlos Feltran, Eliane Gomes Fabri, Lilian Cristina Anefalos, Sally Ferreira Blat e Juliana Rolim Salomé Teramoto.

Ainda na área de horticultura, o IAC irá apresentar outras cultivares já registradas de batatas-doces, com destaque para a cultivar Dom Pedro II que é lançamento, e as cultivares de mesa e de indústria de mandioca. Haverá ainda uma amostra de plantas aromáticas e medicinais para destacar as ações de transferência de tecnologias para a cadeia produtiva de óleos essenciais.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

Para promover a sustentabilidade ambiental e transformar vidas no campo, a CATI marca presença na Agrishow 2025 com um time de extensionistas, apresentando e esclarecendo dúvidas sobre políticas públicas de geração de emprego e renda no campo, sustentabilidade, regularização ambiental – Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Programa de

Regularização Ambiental (PRA); linhas de financiamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap); programas como o Cacau SP, Solo + Fértil, Milho+SP e projetos como o de Frutas Vermelhas, Semeia SP, Manejo Integrado de Pragas (MIP) da Cultura da Soja; comercialização de sementes e mudas; exposição e comercialização de produtos artesanais de agricultores de várias partes do estado.

Nesta edição, as novidades estão centradas em projetos ligados à inovação, sustentabilidade, ao incentivo ao incremento de produtividade e qualidade nas mais diversas cadeias produtivas, bem como em experiências sensoriais com produtos da agricultura familiar, como mandioca e batata-doce, em degustações organizadas no estande.

CATI – Espaço Programas e Projetos

Em uma área reservada como espaço de apresentações das ações de extensão rural da CATI, os visitantes poderão conhecer e esclarecer dúvidas sobre programas e projetos executados pela instituição, que tem fortalecido o desenvolvimento rural sustentável, respeitando os aspectos ambientais, econômicos e sociais, impulsionando importantes cadeias produtivas, gerando renda, emprego e melhoria na qualidade de vida dos agricultores e suas famílias.

Neste espaço, os visitantes poderão conhecer políticas públicas executadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio de projetos e programas como o Solo + Fértil; Integra SP Agro; Milho+SP, MIP Soja, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Regularização Ambiental (PRA). 

Sobre a CATI

Desde a sua criação, em 1967, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) – unidade responsável pelas ações de assistência técnica e extensão rural (Ater) na Secretaria de Agricultura e Abastecimento –, realiza seu trabalho com um olhar abrangente para a realidade e pluralidade dos produtores rurais, bem como para a diversidade da produção e do mercado, alcançando as esferas social, econômica e ambiental.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
imprensa.agricultura@sp.gov.br
(11) 5067-0068

Logo Governo