Podem participar do processo de seleção para compor as 16 Comissões Regionais, representantes de entidades da sociedade civil e do poder público.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Segurança Alimentar (Cosali) e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea), abriu as inscrições para o Processo de Seleção de membros para compor a Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CRSANS).
Podem participar do processo de seleção para compor as 16 Comissões Regionais, representantes de entidades da sociedade civil e do poder público, que possuam atividades relacionadas à segurança alimentar e nutricional ou que possam colaborar com a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de São Paulo.
“A participação nas comissões regionais de segurança alimentar constitui uma oportunidade estratégica para contribuir com iniciativas relacionadas à temática em âmbito regional. Tal envolvimento promove o fortalecimento do diálogo sobre aspectos cruciais como a produção, a qualidade e a disponibilidade de alimentos no estado de São Paulo”, ressalta Camila Kanashiro, coordenadora de Segurança Alimentar da Cosali.
As inscrições estão abertas até o dia 28 de março e a escolha dos membros para compor as CRSANS, será feita mediante processo de seleção, de forma participativa, aberta e democrática em assembleias regionais. O formulário digital está disponível no site do CONSEA-SP, e você poderá acessar diretamente através do link: https://consea.agricultura.sp.gov.br/eleicoes
São Paulo manteve a liderança no ranking dos estados exportadores, com destaque para café, sucos e carnes, que registraram crescimento nas exportações
No acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, as exportações do agronegócio paulista totalizaram US$4,03 bilhões e as importações US$1,02 bilhão. Como resultado, o saldo da balança comercial apresentou um superávit de US$3,01 bilhões, representando uma queda de 25,7% em relação ao primeiro bimestre de 2024. Os dados fazem parte da análise mensal do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
O resultado é fruto de uma queda brusca nas exportações de açúcar, principal produto da pauta paulista para o mercado internacional, que estava aquecido devido à maior disponibilidade do produto proveniente da Índia, Tailândia e União Europeia, associado ao período de entressafra brasileiro. “Os produtores optaram por comercializar o açúcar no mercado interno, onde o preço está mais vantajoso com a desvalorização do dólar frente ao real no começo de 2025”, comenta José Alberto Ângelo, pesquisador científico do IEA-Apta.
Apesar da queda registrada, os embarques paulistas garantiram mais uma vez o status de maior exportador brasileiro a São Paulo, com 18,1% de participação, seguido por Mato Grosso (15%), Minas Gerais (11,6%) e Paraná (11,5%). “Os embarques registrados no início do ano deram uma enfraquecida diante da instabilidade do câmbio, mas o agro paulista manteve sua representatividade nos resultados nacionais. O setor de sucos e o complexo sucroalcooleiro respondem por mais de 50% do total exportado pelo Brasil. Esses números representam a força das agroindústrias paulistas na economia do Estado e do País”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Segundo os dados do IEA-Apta, a participação do setor de sucos nos embarques totais foi de 88%, seguido pelos produtos alimentícios diversos (69,8%), produtos de origem vegetal (65,8%) e complexo sucroalcooleiro (55,2%).
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos
Os cinco principais grupos de produtos exportados pelo agronegócio paulista no primeiro bimestre de 2025 foram:
● Complexo sucroalcooleiro: 27% de participação no agro paulista, US$1,09 bilhão, sendo que o açúcar representou 91,6% e o etanol, 8,4%.
● Grupo de sucos: 14,2% na fração, somando US$573,74 milhões, dos quais 98,6% correspondem ao suco de laranja.
● Setor de carnes: 14,1% de porção, na ordem US$567,76 milhões, com a carne bovina respondendo por 82,1%.
● Produtos florestais: 12,3% de participação, US$494,75 milhões, com celulose representando 54,7% e papel 36,2%.
● Grupo de café: 7,4% na cota, registrando US$297,21 milhões, sendo 70,4% referentes ao café verde e 26,5% ao café solúvel.
Esses cinco grupos representaram, em conjunto, 75% das exportações do agronegócio paulista. O complexo soja aparece na sétima posição, com vendas de US$175,91 milhões, sendo 24,1% referentes ao farelo de soja e 68,5% à soja em grão. A expectativa é de um aumento nas vendas desse grupo nos próximos meses, conforme avance a colheita no estado de São Paulo.
Por meio do Programa Integra SP, o secretário de Agricultura Guilherme Piai vem disseminando pelo estado a implementação de práticas agrícolas no âmbito da IPF.
A importância da floresta no sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi o tema do Dia de Campo, promovido pela Nelore Mocho CV, na Fazenda Campina, localizada no município de Caiuá, nesta quinta-feira (13/03), que contou com a participação do secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.
No evento, que comemora os 10 anos da implantação do sistema ILPF na propriedade, a Nelore Mocho CV apresentou os resultados do uso do sistema agrossilvipastoril de ILPF com eucalipto na propriedade, com dicas para melhorar a produção por meio de manejos corretos, sem a necessidade de novas áreas.
“O ILPF é uma estratégia que promove a rentabilidade do produtor e ao mesmo tempo permite a recuperação das pastagens degradadas dentro da propriedade, mais uma grande colaboração do agro para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para a ampliação da capacidade do setor em produzir alimentos para a população”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
Com apoio do Governo de SP, o dia de campo destacou a importância da ILPF no sistema agrossilvipastoril estabelecido há uma década em uma área de 60 hectares, demonstrando a viabilidade e os benefícios da integração. Segundo Carlos Viacava, da Nelore Mocho CV, a Fazenda Campina alcançou um novo patamar, com a implantação do sistema ILPF. “Optamos pelo eucalipto, que cresce rápido e, hoje, produzimos 70 mil sacas de soja, 16 mil toneladas de silagem, 20 mil sacas de milho e diversas outras culturas, como aveia, girassol, milheto e sorgo″, explicou Viacava.
Francisco Matturro, presidente-executivo da Rede ILPF, lembra que a Fazenda Campina está localizada em uma região desafiadora, predominantemente de solos arenosos, característica que marca o arenito Caiuá. “A implantação do sistema ILPF tem proporcionado o desenvolvimento simultâneo de lavouras e bovinocultura, assim como a produção de silagem para alimentação dos rebanhos nos períodos de seca, que são bem acentuados na região”, destaca.
Rede ILPF
A integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades. Esta forma de sistema integrado busca otimizar o uso da terra, elevando os patamares de produtividade, diversificando a produção e gerando produtos de qualidade. Com isso reduz a pressão sobre a abertura de novas áreas.
Formada pela parceria público-privada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Bradesco, a Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano e Timac Agro, a Rede ILPF promove os sistemas integrados de produção − Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) − como uma solução sustentável e lucrativa para agropecuária brasileira.
A convite da Wylinka, o coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil Ghobril, e o gestor do AptaHub, Sérgio Tutui, estão representando a instituição na Delegação Brasileira de Deeptechs em Paris. O evento tem sido uma oportunidade estratégica para fortalecer conexões e explorar novas possibilidades de colaboração no cenário global de inovação.
Além da participação no Deeptechs Summit 2025, a comitiva realizou uma visita à Station F, o maior campus de startups do mundo, onde puderam conhecer de perto iniciativas voltadas à aceleração de Deeptechs e inovação científica. “A imersão no ecossistema francês tem proporcionado trocas valiosas sobre os desafios da transição da pesquisa para o mercado, bem como caminhos para ampliar o impacto das tecnologias emergentes”, salienta Carlos Nabil, coordenador da Apta.
Durante o encontro, foram apresentados desafios e oportunidades para a aceleração de Deeptechs, com destaque para a importância de eliminar entraves burocráticos e viabilizar a transição da pesquisa para o mercado.
Entre as atividades, a delegação foi recepcionada por representantes da Embaixada Brasileira na França, e visitou ainda o cluster de inovação Paris-Saclay, um dos mais relevantes polos de ciência e tecnologia da Europa. No local, os participantes conheceram o Servier Research and Development Institute, centro de pesquisa e desenvolvimento com 2 mil metros quadrados, que abriga cerca de 120 pesquisadores e oferece infraestrutura para 30 startups, com foco predominante na área da saúde.
“A experiência tem sido fundamental para ampliar o conhecimento sobre o modelo francês de inovação e estabelecer parcerias que possam contribuir para o fortalecimento do ecossistema de deeptechs no Brasil”, comenta Sérgio Tutui, gestor do AptaHub, programa que conecta empreendedores, startups, pesquisadores e empresas aos sete institutos da Apta – Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional.

O AptaHub é um programa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), que realiza um trabalho em conjunto com a Cietec e coexecução de Wylinka e ImpactHub, e tem investimento total de R$13,5 milhões.
Sobre a APTA
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) é o órgão responsável por coordenar as atividades de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em sua estrutura estão presentes sete Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), com unidades distribuídas por todas as regiões do estado: Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional.
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Núcleo de Comunicação Científica
Janete Galbiati
janete.galbiati@sp.gov.br
Com a finalidade de debater as projeções da safra 2025/26 e os desafios e oportunidades da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) participou nesta quarta-feira (12), da 9ª Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol, no município de Ribeirão Preto, interior paulista. O evento realizado pela Datagro, reuniu os principais especialistas, lideranças e representantes do setor sucroalcooleiro.
Além das análises de mercado e desempenho da safra do último ano, os 14 painéis desta edição abordaram temas como produtividade agrícola, automação e novas tecnologias, eficiência industrial, transformação digital e sustentabilidade. “O setor sucroenergético é um dos pilares da economia paulista e se destaca cada vez mais pela inovação e um rigoroso padrão de sustentabilidade por iniciativas como o Protocolo Etanol Mais Verde, em parceria com todos os elos da cadeia produtiva do açúcar, álcool e bioenergia”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai.
Vale destacar que o estado de São Paulo lidera a produção nacional de cana-de-açúcar, com 383,4 milhões de toneladas na safra 2023/2024, o que representa mais de 50% da safra do País. Entre os meses de janeiro e fevereiro, o complexo sucroalcooleiro registrou 27% de participação no agro paulista, com o embarque de US$ 1,09 bilhão, sendo que o açúcar representou 91,6% e o etanol, 8,4%.
O evento também abordou as transformações do mercado global e das novas demandas energéticas, incluindo o crescimento da produção de etanol de milho e a digitalização da gestão operacional e de manutenção. A automação e a implementação de novas tecnologias serão discutidas como vetores de aumento da produtividade e excelência operacional no setor. “O setor está em um momento de transição tecnológica e avanço na sustentabilidade, com investimentos significativos que devem elevar a competitividade e contribuir para a redução da pegada de carbono da produção de etanol”, afirma Plinio Nastari, presidente da Datagro.

Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia
No início deste ano, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo anunciou a reativação da Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia. Após três anos em processo de transição, a Câmara Setorial do setor sucroenergético foi reaberta com um plano de ação em prol do avanço da cadeia produtiva da cana-de-açúcar paulista. Com iniciativas amplas de governança, políticas públicas, sustentabilidade e inovação tecnológica, com um foco especial na reestruturação do Programa Etanol Mais Verde, o objetivo é colocar SP, líder nacional na produção de cana e seus derivados, na vanguarda do setor.
A Secretaria de Agricultura deu posse ao novo presidente da Câmara Setorial de Açúcar, Etanol e Bioenergia, Bruno Garcia, representando a Orplana, que assumiu a liderança do colegiado em um momento estratégico, com a missão de conduzir a cadeia produtiva no processo de transição energética e na implementação de medidas sustentáveis e inovadoras. A câmara é um fórum permanente entre setor privado e público, apoiado pela Secretaria Estadual de Agricultura.
A Apta Regional de Brotas, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizou o encontro Tour de Soja, um evento que promoveu a atualização tecnológica e soluções nutricionais para potencializar os resultados da cultura de soja. A Instituição abriu espaço para reunir fornecedores de produtos e tecnologias essenciais para o cultivo da soja, oferecendo aos participantes acesso a resultados de pesquisas regionais e a informações de ponta.
Os participantes realizaram visitas aos campos de demonstração com cultivares promissoras para as condições edafoclimáticas da região de Brotas. Durante o Tour, coordenado pela pesquisadora Carla Cachoni Pizzolante, da Apta Regional de Brotas e pesquisador Sergio Dona, da AptaRegional de Assis, foram apresentados os resultados das avaliações de cultivares de soja referentes à safra 2023/24.
O evento contou com apresentações de empresas fornecedoras de cultivares de soja, adubos, fertilizantes, fungicidas, inseticidas, inoculantes e outras tecnologias que têm sido incorporadas anualmente ao processo produtivo. “O destaque do dia de campo somou-se a interação com técnicos responsáveis pelos produtos e tecnologias, permitindo aos produtores trocar experiências e insights com especialistas e participantes”, ressaltou Carla.
Depoimentos de participantes reforçaram o impacto positivo do evento. Para o agropecuarista Rogério Munhoz Figueiredo, o evento trouxe “informações valiosas sobre novas tecnologias e materiais genéticos, ampliando possibilidades para impulsionar a agricultura no município de Brotas”.
“O Tour de Soja foi uma oportunidade excepcional para nivelar conhecimentos e abrir caminhos para novas oportunidades no agronegócio”, enfatizou Fausto Batista Villa, médico veterinário.
Já o agropecuarista Daniel Escalabrim elogiou as palestras e identificou materiais genéticos que atenderão às exigências climáticas da região. “Isso garantirá maior resistência das cultivares nas próximas safras”, destacou.
O Tour de Soja recebeu o apoio dos parceiros AgriVitta [representado pelo Engenheiro Agrônomo Luciano Machado], Attivare, Brandt, Corteva, Credenz, Ferticel, Giovelli, Lagoa Bonita, Santa Clara Agrociência e Vital Seeds, além do apoio do secretário de agricultura da Prefeitura da Estância Turística de Brotas, Douglas Duarte.
“O evento reafirmou o compromisso da Apta Regional com a divulgação de conhecimentos e a introdução de tecnologias que promovem o desenvolvimento do agronegócio local”, completou Sergio.
A próxima edição do evento está prevista para o primeiro semestre de 2026, ao final da safra, quando serão testadas novas cultivares adaptadas ao clima e solo da região.

Apta Regional
A Apta Regional, Instituição de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – ICTESP – é uma das sete instituições de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). São 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo, nas áreas de agronomia, zootecnia, pesca continental, sanidade vegetal, sanidade animal, agregação de valor em produtos de origem animal e vegetal, sistemas integrados de produção e segurança alimentar. Considerada o maior hub descentralizado de pesquisa do agronegócio, com soluções tecnológicas aplicadas na agricultura e na pecuária paulista, focadas nas peculiaridades locais e regionais, atendendo as necessidades das cadeias produtivas do agro.
Por
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
lsilverio@sp.gov.br
Diretora do Departamento de Comunicação Regional – SAA
Assessora de Imprensa e Comunicação Institucional
Eloísa Garcia está entre os 100 Mais Influentes do Agro na categoria Tecnologia e Inovação; reconhecimento do Grupo Mídia será entregue em 29 de abril
A pesquisadora científica Eloísa Garcia, diretora geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo que completou 42 anos de carreira no último dia 4, está entre os 100 Mais Influentes do Agro, conhecido como o Oscar do agronegócio brasileiro, na categoria Tecnologia e Inovação.
O prêmio do Grupo Mídia é definido por conselho editorial que considera ações que impactaram positivamente o setor nos doze meses anteriores com base em pesquisas de mercado e repercussão na mídia, além de votação aberta, que nesta terceira edição começou em 6 de novembro de 2024 e se encerrou em 6 de janeiro deste ano através do site https://100maisdoagronegocio.com.br/.
“É uma satisfação ser reconhecida pelo meu trabalho com tantos profissionais competentes atuando no agronegócio, que é um dos principais setores da economia brasileira, e mais especificamente em tecnologia e inovação, que fortalecem e permitem a evolução da sociedade”, declara Eloísa, que destaca a importância do desempenho da equipe do Ital para a visibilidade de sua atuação.
Para a diretora do Ital, devem ter motivado a sua premiação iniciativas inovadoras de construção coletiva como o Tropical Food Innovation Lab, ecossistema disruptivo focado no desenvolvimento de novos produtos alimentícios a partir da biodiversidade brasileira, e o CCD Circula, projeto interinstitucional robusto dedicado a soluções para resíduos pós-consumo de produtos e embalagens em prol desenvolvimento sustentável do setor produtivo e da sociedade.
“O que me move e me faz evoluir é manter uma relação próxima com a equipe de trabalho, em que cada um tem o seu papel e é valorizado nesse papel”, ressalta Eloísa, que está entre as sete Mulheres Inspiradoras destacadas pelo Centro de Excelência para Descobertas de Alvos Moleculares (CENTD), liderado pelo Instituto Butantan, por serem líderes inovadoras em diversos segmentos de carreira. A pesquisadora também foi listada pela Forbes como uma das 100 Mulheres Poderosas do Agro, em 2021.
A lista oficial dos 100 Mais Influentes do Agro, com os nomes de todas as pessoas reconhecidas, será divulgada na cerimônia de premiação, em 29 de abril, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, na semana em que a cidade sediará a 30ª Agrishow, maior exposição agropecuária do Brasil, que conta com participação do Ital e das demais instituições da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP.
Histórico
Engenheira de alimentos e mestre em Tecnologia de Alimentos na área de embalagem pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Eloísa ingressou no Ital em março de 1983 como engenheira e tornou-se pesquisadora científica em dezembro do ano seguinte, construindo sua carreira no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea). Por sua experiência em desenvolvimento e legislação de embalagem, avaliação do potencial de interação embalagem/produto e segurança de alimentos, exerceu o cargo de gerente técnica dos grupos de Embalagens Plásticas e de Meio Ambiente e coordenou estudos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de materiais e embalagens assim como projetos de desenvolvimento de produtos com menor impacto ambiental.
É a primeira mulher a ocupar o cargo máximo do Ital, que assumiu em janeiro de 2019, após quatro anos atuando como vice-diretora da instituição. Em paralelo à gestão institucional, liderou a execução do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP) do Instituto, iniciado em abril de 2018, até se tornar pesquisadora responsável pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Soluções para os Resíduos Pós-Consumo: Embalagens e Produtos (CCD Circula), em junho de 2022, ambos os projetos com fomento Fapesp.
Sob liderança de Eloísa Garcia, o Ital recebeu, em 2023, reconhecimentos públicos do Grupo Jacto e Fundação Shunji Nishimura, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e do Crea-SP pelos serviços prestados com distinção e impacto positivo na nossa sociedade.
Sobre o Ital
O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é uma instituição líder em ciência aplicada na América Latina. Desde 1963, desempenha um papel central na inovação das áreas de alimentos, bebidas, ingredientes e embalagens.
Com sede em Campinas/SP, o Ital oferece suporte ao setor produtivo por meio de pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e processos, análises laboratoriais, assistência técnica especializada, capacitação profissional e difusão do conhecimento.
Certificado na ISO 9001 com parte dos ensaios acreditados na ISO/IEC 17025, o Instituto é credenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e congrega dezenas de laboratórios e plantas-piloto distribuídos em centros especializados em carnes, laticínios, bactérias lácticas, cereais, confeitos, chocolates, frutas, hortaliças, ciência e qualidade de alimentos, além de sistemas de embalagem.
Para mais informações, visite o site oficial: www.ital.agricultura.sp.gov.br
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Jaqueline Harumi – MTb 59.960/SP
Núcleo de Comunicação Científica do Ital
(19) 3743-1757 | jaqueline.harumi@sp.gov.br
Você sabia que em Campinas está uma das mais antigas bibliotecas em ciências agrárias da América Latina? Ela se encontra na sede do Instituto Agronômico (IAC-Apta) e é uma fortaleza do conhecimento. Nesse dia 12 de março, em que é comemorado o Dia Nacional do Bibliotecário, aproveitamos para contar um pouco mais sobre essa e outras bibliotecas mantidas pelos Institutos de Pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.
Contando com cerca de 280 mil documentos, sendo 33 mil títulos de livros, 82 mil boletins, 3 mil títulos de periódicos, além de outros materiais bibliográficos, a biblioteca do IAC representa um patrimônio inestimável em conhecimento científico e tecnológico, unindo o passado e o presente e conectando gerações de estudiosos na busca pela excelência em agronomia e ciências correlatas.
Criada junto com o próprio Instituto, em 1887, a biblioteca abriga preciosidades como manuscritos dos séculos XIX e publicações do século XVIII. “Temos obras que antecedem a inauguração do IAC e ao folhear obras raras na área de botânica, nos deparamos com ilustrações muito detalhadas feitas à mão, que auxiliam na identificação, muito facilitada por aquela clareza”, diz a vice-diretora do IAC, Regina Célia de Matos Pires.
As guardiãs dessas preciosidades são a bibliotecária Vangri de Oliveira Camargo e a servidora Sueli Cristina dos Santos Pacheco, que atuam diariamente para a manutenção do acervo e atendimento ao público.
Ainda em Campinas, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) também conta com sua biblioteca. Com um acervo físico de aproximadamente 95 mil livros, periódicos, teses, dissertações, normas técnicas e materiais audiovisuais especializados em ciência e tecnologia de alimentos e embalagens, o Ital teve proposta aprovada no edital Recuperação e Preservação de Acervos 2024 da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI): serão investidos R$ 680,7 mil em preservação e modernização de sua biblioteca, do repositório institucional, que atualmente abriga 745 dissertações, teses, artigos científicos e relatórios técnicos digitais, e do periódico científico reconhecido internacionalmente Brazilian Journal of Food Technology (BJFT), criado em 1988 e indexado à rede SciELO em 2011.
Perto dali, a cidade de Nova Odessa possui outra joia do conhecimento agropecuário. A biblioteca do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta) existe desde sua fundação, em 1905, tendo sido transferida, junto com o Instituto, da capital para o interior paulista em 1975. Em 29 de novembro de 1990 recebeu o nome de “Geraldo Leme da Rocha”, homenagem feita a saudoso pesquisador que muito contribuiu com a pesquisa agropecuária. O acervo é composto por obras da área de Zootecnia, subdivididas em: forragicultura e pastagem, bem-estar animal, ambiência, produção e nutrição animal. São cerca de 10.000 livros e 3 mil periódicos (Anais, Boletins Técnicos, Revistas Cientificas e Jornal Acadêmico).
Para a bibliotecária Flávia Helena Felizardo tem sido uma experiência enriquecedora e gratificante atuar na biblioteca do IZ já há sete anos. “Nosso espaço é mais do que um local de pesquisa; é um ponto de encontro para o conhecimento, onde alunos, pesquisadores e profissionais encontram suporte para o desenvolvimento de estudos que impulsionam a produção animal e a sustentabilidade no setor. Poder contribuir para a disseminação da informação científica e ver o impacto do nosso trabalho na formação de especialistas em zootecnia é, sem dúvida, uma grande realização”, conta Flávia.
Já a capital do estado abriga duas bibliotecas. A Biblioteca do Instituto Biológico (IB-Apta), sediada na Vila Mariana desde a fundação do IB, em 1927, é uma referência na área de biologia e agronomia. Possui um acervo de 15 mil livros e 100 mil periódicos científicos, sendo mais de 3 mil títulos publicados em variados idiomas estrangeiros. Preserva e difunde relevante patrimônio científico, desempenhando importante papel na conexão entre o passado e o conhecimento científico atual, mediando e facilitando o acesso a ele.
A Biblioteca do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), na região central, foi criada em 1978. Especializada em Economia Agrícola e áreas do conhecimento correlatas, vem guardando sua memória ao longo desta trajetória. Seu acervo é constituído por material histórico e patrimonial, com publicações da Secretaria da Agricultura que datam desde 1929, destacando-se as edições da revista Agricultura em São Paulo desde 1951, que a partir de 2006, passou a ser denominada Revista de Economia Agrícola. No total, são 4.531 títulos de revistas, 9.600 livros, 27.260 boletins, 172 mapas e 50 atlas.
Mais informações
Biblioteca IAC – biblioteca.iac.sp.gov.br
Biblioteca IZ – iz.biblioteca@sp.gov.br
Biblioteca IB – biblioteca@biologico.sp.gov.br
Biblioteca IEA – anderson.moreira@sp.gov.br
Biblioteca Ital – ital.agricultura.sp.gov.br/publicacoes
Multinacional francesa vai produzir biogás a partir de resíduos de citros na unidade de Bebedouro (SP)
A produção de biogás a partir dos resíduos da citricultura, um importante setor da economia agrícola paulista, foi o anúncio no município de Bebedouro, nesta terça-feira (11/03). Com o apoio do Governo de SP, a multinacional francesa Louis Dreyfus Company (LDC) lançou a pedra fundamental de sua nova planta que será a maior usina de biogás produzido a partir de resíduos cítricos do mundo, no município de Bebedouro, interior do estado de São Paulo.
“É a primeira planta do Brasil a produzir combustíveis renováveis por meio dos processos da laranja. Trata-se de um investimento de milhões de dólares, demonstrando que São Paulo oferece segurança jurídica, pesquisa, combate ao greening, seguro rural e disponibilidade de crédito”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

Na safra 2023/2024, o setor de citros gerou 45.112 empregos no estado de São Paulo. Este número representa um aumento de 10% em relação ao da safra anterior. A cada dez copos da bebida consumidos no mundo, aproximadamente sete são produzidos no território paulista. Puxado pela laranja, o grupo de sucos é o segundo principal na balança comercial do agronegócio paulista, com 15,5% de participação nas exportações, somando US$334,41 milhões (99% dos valores respondem ao suco de laranja).
A planta inaugurada está localizado em Bebedouro, onde está instalada a principal indústria de suco de laranja da LDC. Com capacidade de receber 390 metros cúbicos por hora de resíduos da indústria de suco, a usina poderá gerar 7 milhões de metros cúbicos normais de gás por hora (Nm3/h) em dois ou três anos. Os efluentes, que geram o biocombustível, são os resíduos gerados durante o processamento de laranjas ou limões, como na limpeza das frutas. A empresa possui a expectativa de reduzir a utilização de combustível fóssil em 50%, e avalia que é possível abastecer 100% da energia da unidade de Bebedouro.
O estímulo às energias renováveis só é possível pois, em 2024, o Governo paulista, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), lançou procedimentos para produção de biogás e biometano em propriedades rurais, abrangendo uma ampla gama de atividades agropecuárias. Além da citricultura, os biocombustíveis podem ser gerados a partir das atividades de avicultura, suinocultura, bovinocultura, frigoríficos e abatedouros.
SP desacelera o Greening
Resultado dos esforços de toda a cadeia produtiva de citros em conjunto com a Secretaria de Agricultura, a incidência do greening, praga que ameaça os pomares de citros em todo o mundo, foi 54% menor no cinturão citrícola paulista em 2024 em comparação ao ano anterior, conforme dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
Foram mais de 40 mil mudas irregulares retiradas de circulação, dentre elas, mudas com suspeita de Greening, pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura, desde 2023.
Governo do Estado investiu R$ 13,5 milhões em programa exclusivo para startups paulistas, que oferece capacitações, mentorias e uma conexão direta com o mercado
São Paulo possui a maior concentração nacional de startups voltadas para o setor do agronegócio, também conhecidas como as agtechs. De acordo os últimos dados levantados pela Radar Agtech Brasil, em conjunto com a Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens, foram registradas 845 empresas tecnológicas instaladas no estado, com uma participação de 43,2% do total existente no país.
As demais unidades estão localizadas, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste, com Rio Grande do Sul (9,9%); Paraná (9,3%); Minas Gerais (8,6%) e Santa Catarina (6,8%), respectivamente. Enquanto no cenário paulista, o município com mais empreendimentos é a cidade de São Paulo, acompanhada de Piracicaba, Ribeirão Preto e Campinas.
Essas agtechs desenvolvem soluções tecnológicas para o agronegócio, que vão desde soluções de softwares de monitoramento, aplicabilidade de ferramentas de automação, inteligência artificial (IA), por exemplo, além de novos modelos de negócios baseados em comercialização, logística e mercado financeiro, entre outros.
Através de uma gestão inovadora com políticas públicas em prol do desenvolvimento sustentável do agro, o Governo de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), possui um programa exclusivo para startups, que oferece capacitações, mentorias e uma conexão direta com o mercado, o AptaHub. Um trabalho em conjunto com a Cietec e coexecução de Wylinka e ImpactHub, com um investimento total de R$13,5 milhões. Com foco no território paulista, em seus primeiros dois anos já atenderam startups de todas as regiões do país.
“A parceria com a iniciativa privada é muito importante e precisamos expandir ainda mais o programa, inaugurando novas unidades em outras regiões do Estado, trazendo mais força e vitalidade para o agro paulista. “A Apta é muito rica, com institutos de pesquisa científica centenários, que desenvolveram o agronegócio brasileiro com transferência de tecnologias e inovações para agricultura e pecuária. Isso começa em ambientes como este”, disse o secretário de Agricultura, Guilherme Piai.
No momento, são sete espaços para o desenvolvimento de startups com foco no agro, em São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas e Santos. Cada um desses ambientes foi projetado para impulsionar a transformação do setor agroalimentar, oferecendo áreas de trabalho colaborativo, espaços para eventos e soluções criativas para fomentar a inovação.
“O programa é uma iniciativa essencial para conectar startups, pesquisadores e grandes empresas, acelerando o desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis. A aproximação com os institutos de pesquisa do AptaHub traz credibilidade e conhecimento técnico, além de abrir oportunidades para parcerias estratégicas que podem transformar a inovação no setor agroindustrial”, destacou a sócia fundadora daNatureza, Patrícia Ponce.
A daNatureza Produtos Biodegradáveis é uma das startups que estão incorporadas na estrutura da AptaHub, na incubadora Cietec em São Paulo. A agtech oferece soluções sustentáveis que reduzem a poluição plástica e promovem a economia circular. A empresa transforma resíduos como folhas, galhos, cascas de café, caroço do açaí, entre outros, em vasos biodegradáveis e compostáveis, que podem ser plantados diretamente no solo, substituindo os tradicionais de plástico.
Para Patrícia Ponce, o surgimento do empreendimento foi pelo fato de ver grandes quantidades de resíduos, sendo descartados sem o aproveitamento. “Como química, sempre acreditei que esses materiais poderiam ter um destino mais sustentável. Hoje, desenvolvemos também caixas para cosméticos sólidos e tubetes de plantio, feitos principalmente com resíduos verdes das podas de árvores das cidades e de empresas de reflorestamento e silvicultura.
O AptaHub conecta empreendedores, startups, pesquisadores e empresas aos sete institutos da Apta – Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional. “O programa abre a possibilidade de levar o conhecimento e as inovações desenvolvidas pelos institutos da Apta de forma mais consistente para a sociedade. Nosso trabalho é gerar tecnologia, por meio da união de diversos atores, de pesquisadores a investidores. Conseguimos, assim, diminuir o tempo para o desenvolvimento de um produto ou serviço que aumente a competitividade de nosso agronegócio”, afirma o líder de Inovação da Apta, Sérgio Tutui.
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