
Desde 2007, o Instituto Biológico (IB-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, coordena um inovador projeto de pesquisa sobre agentes virais em aves silvestres e de criadouros. Diversas doenças virais afetam essas aves, muitas vezes resultando em alta mortalidade e causando prejuízos tanto para os criadouros quanto para a natureza. Durante o Congresso Veterinário de Especialidades, o projeto foi premiado por seu impacto significativo na sanidade animal.
Desde 2007, o Instituto Biológico (IB-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, coordena um inovador projeto de pesquisa sobre agentes virais em aves silvestres e de criadouros. Diversas doenças virais afetam essas aves, muitas vezes resultando em alta mortalidade e causando prejuízos tanto para os criadouros quanto para a natureza. Durante o Congresso Veterinário de Especialidades, o projeto foi premiado por seu impacto significativo na sanidade animal.
Segundo a coordenadora do projeto, pesquisadora Marcia Helena Braga Catroxo, “Essa conquista foi um grande incentivo para o LME do Instituto Biológico, reforçando a importância da aquisição de um novo equipamento através do projeto Multiusuários FAPESP, que melhorará o atendimento aos usuários do IB e de outras instituições. A menção honrosa recebida pelo estudante PIBIC-CNPq também foi um estímulo importante para sua carreira futura.”
A premiação e o reconhecimento obtidos pelo projeto destacam a importância da pesquisa em sanidade animal e o compromisso do Instituto Biológico em promover a inovação e a excelência na área.
A técnica de contrastação negativa para microscopia eletrônica de transmissão (MET) utilizada pelo Laboratório de Microscopia Eletrônica (LME) do IB permite diagnósticos rápidos e precisos, obtidos em apenas 20 minutos (10 minutos para o preparo da amostra e 10 minutos para a visualização das partículas virais). Essa agilidade no diagnóstico possibilita a imediata tomada de medidas profiláticas e de controle da doença nos criadouros, evitando perdas animais e financeiras.
O LME do Instituto Biológico é o único no Brasil que realiza diagnóstico por MET em amostras animais, destacando-se pela excelência em sanidade animal. O projeto é coordenado por uma equipe dedicada, incluindo a assistente técnica de pesquisa Ana Maria Cristina Rebello Pinto da Fonseca Martins, a médica veterinária Liliane Milanelo, do Parque Ecológico do Tietê, e o bolsista PIBIC-CNPq Arthur de Oliveira Filtrin, responsável pelo levantamento das aves positivas no período em questão.
Por
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
lsilverio@sp.gov.br
Diretora do Departamento de Comunicação Regional – SAA
Assessora de Imprensa e Comunicação Institucional
Para proporcionar uma atualização prática sobre diferentes manejos, materiais genéticos e tecnologias empregadas nas culturas, a Apta Regional de Andradina será palco do “Dia de Campo de Cultivares de Soja, Milho e Sorgo” no dia 27 de fevereiro de 2024, das 8h às 13h. A realização do Dia de Campo visa capacitar profissionais, democratizando o acesso às tecnologias para produtores rurais e técnicos. O evento incentiva o uso intensivo de tecnologias para a produção de grãos, além de estreitar os laços entre a comunidade e o setor agrícola.
Segundo o coordenador, pesquisador Gustavo Pavan Mateus, o evento demonstrará cultivares de soja, milho e sorgo, além de defensivos e fertilizantes foliares para essas culturas. “O Dia de Campo promete ser um ponto de encontro crucial para produtores, técnicos e profissionais do setor agropecuário”, afirma Gustavo.
Este evento é uma oportunidade ímpar para produtores e participantes atualizarem-se sobre novas práticas e tecnologias que podem impactar positivamente a cadeia produtiva. Ele oferece a chance de conhecer e discutir as inovações no cultivo de grãos, aumentando a competitividade e sustentabilidade da produção.
“Os cultivares são mais produtivos e adaptados à região, e para cada um há um posicionamento tecnológico com manejo de fertilizantes sólidos, líquidos, além dos defensivos agrícolas. O produtor conseguirá maior produção de grãos e forragens por área, gerando uma maior lucratividade”, detalha Gustavo.
O evento é realizado pela Apta Regional de Andradina e pela Cooperativa Mista de Adamantina (Camda), com apoio de diversas empresas ligadas ao setor agropecuário. Esta colaboração entre entidades e empresas reforça o compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável da agricultura.
Produtores, técnicos e interessados no setor agropecuário estão convidados a participar deste importante evento. Não perca a oportunidade de atualizar seus conhecimentos e trocar experiências com especialistas e colegas de profissão.
A unidade de pesquisa fica na Estrada Vicinal Nemezião de Souza Pereira, km 06, Bairro Timboré – Vista Alegre.
Apta Regional
A Apta Regional, Instituição de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – ICTESP – é uma das sete instituições de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). São 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo, nas áreas de agronomia, zootecnia, pesca continental, sanidade vegetal, sanidade animal, agregação de valor em produtos de origem animal e vegetal, sistemas integrados de produção e segurança alimentar. Considerada o maior hub descentralizado de pesquisa do agronegócio, com soluções tecnológicas aplicadas na agricultura e na pecuária paulista, focadas nas peculiaridades locais e regionais, atendendo as necessidades das cadeias produtivas do agro.
Por
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
lsilverio@sp.gov.br
Diretora do Departamento de Comunicação Regional – SAA
Assessora de Imprensa e Comunicação Institucional
Proposta prevê a criação de órgão na Secretaria de Agricultura para garantir participação de cooperativas na formulação de políticas públicas
O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, assinou nesta sexta-feira (7) um plano de fortalecimento do cooperativismo rural no Estado. Esta é a primeira etapa do protocolo de intenções entre o Governo de SP e a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) para atender a antigas reivindicações de produtores rurais e agroindústrias que integram as cooperativas agrícolas de São Paulo.
Entre os destaques do plano está o anúncio da criação da Diretoria de Cooperativismo e Associativismo dentro da Secretaria de Agricultura, o que permite a participação permanente das cooperativas na formulação de políticas públicas do governo paulista.
O plano prevê ainda a inclusão das cooperativas de produtores e de crédito no Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) para atingir a meta de máquinas subvencionadas em 2025, por meio da linha de crédito Pró-Trator, que subvenciona 4% do valor dos juros incidentes nas operações de financiamento. A projeção é de um crescimento percentual de 400% no valor da subvenção estadual, quando comparada a de 2024.
“Vamos ampliar e facilitar ainda mais o acesso do produtor ao FEAP com as cooperativas. Nossa meta é de que o setor adquira mil máquinas agrícolas este ano”, disse Piai. A assinatura ocorreu durante o Intercâmbio Técnico do Cooperativismo Agropecuário, organizado pelo Sistema Ocesp, que reuniu uma comitiva de presidentes de 50 cooperativas na Universidade de St. Gallen, na Suíça.
Outra frente anunciada pelo secretário foi a inclusão do café no Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS). Piai ainda anunciou o desenvolvimento, por meio do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), de um processo de simplificação de adesão a produtores cooperados no programa.
A cadeia produtiva leiteira paulista também foi incluída no plano com a continuidade do Hub do Leite e parceria com a Comevap, que beneficia cerca de 600 produtores por meio de pesquisas aplicadas, visando aprimorar a qualidade, eficiência e competitividade da cadeia do leite de São Paulo por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à pasta.
Cooperativismo paulista em números
Segundo a Ocesp, o Estado conta com 181 cooperativas agropecuárias e 165 mil produtores cooperados. Entre os benefícios do modelo estão o acesso facilitado a insumos de qualidade e tecnologias avançadas, comercialização mais eficiente dos seus produtos, assistência técnica especializada e o fortalecimento das comunidades rurais.
Após o surgimento de uma mancha vermelha, produzida por um protozoário ciliado chamado Mesodonium rubrum no litoral norte de São Paulo, técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realizaram, entre os dias 04 e 05 de fevereiro, coletas de material para análises laboratoriais nos cultivos de moluscos bivalves do litoral norte e sul do Estado. A ação é parte do monitoramento de rotina executado em cumprimento ao Plano Estadual de Monitoramento de Moluscos Bivalves (PEMMOBI).
Após a coleta, os resultados foram divulgados nesta terça-feira (11) e foi constatado que em nenhuma das áreas monitoradas houve contaminação da carne de ostras e mexilhões por ficotoxinas, substâncias produzidas por diversas microalgas que podem causar sérios agravos de saúde pela ingestão de moluscos bivalves contaminados.
“Com as análises, foi confirmado que a mancha vermelha observada no litoral norte não se tratava de alteração provocada pela presença de algas tóxicas, conforme informações divulgadas anteriormente pelo Grupo Interinstitucional para gestão integrada de riscos associados a florações de microalgas tóxicas, do qual a CDA faz parte em conjunto com as Secretarias de Saúde (SES) e Meio Ambiente (SEMIL)”, comenta Ieda Blanco, médica-veterinária, gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Animais Aquáticos (PESAAq) e coordenadora do PEMMOBI.
Além das análises da presença de microalgas e ficotoxinas, foi coletado material para quantificação microbiológica, tendo sido detectada contaminação bacteriana em algumas áreas. “Nos níveis observados, a contaminação bacteriana pode ser eliminada por tratamento térmico ou depuração em estabelecimentos inspecionados. Recomendamos à população que sempre verifique a origem das ostras e mexilhões, principalmente para consumo in natura, e lembramos que o mapa com as condições de cada área de cultivo de São Paulo é constantemente atualizado e disponibilizado para consulta pública em nossa página”, acrescenta Ieda.
Para saber mais sobre a situação das áreas de cultivo, acesse
https://geo.cati.sp.gov.br/portal/apps/experiencebuilder/experience/?data_id=dataSource_1-192bab1de0d-layer-4%3A1&id=0f8fd154bc044f1bbddeb8634bce08b1
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Por Comunicação CDA
Medida tem potencial de mais de R$ 10 milhões em receita aos produtores do estado por meio dos editais de compras públicas
Na última semana, o governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, incluiu o café no Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS). A inclusão permite que o poder público estadual possa adquirir diretamente de agricultores familiares, por meio de suas cooperativas, o café torrado e moído para abastecimento de escolas e hospitais estaduais, além de secretarias e órgãos vinculados à administração pública.
“A inclusão do café nas compras públicas tem como objetivo fortalecer esse grão que faz parte da vida de todos os paulistas e garantir um mercado seguro às pequenas propriedades que se dedicam à cafeicultura”, acrescenta o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.
Segundo dados da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, apenas em 2024, São Paulo adquiriu R$ 10 milhões do grão em compras para suas unidades. Em 2025, a inclusão do café no programa de aquisição deve ultrapassar o montante do ano anterior e ajudar pequenas lavouras que, com a medida, passam a contar com uma venda garantida com previsibilidade de demanda.
PPAIS
O Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social – PPAIS é uma ação do Governo do Estado de São Paulo que visa estimular a produção e garantir a comercialização dos produtos da agricultura familiar.
O Programa, que em 2024 comprou aproximadamente R$ 21 milhões de agricultores familiares paulistas, faz com que o Estado se torne o principal comprador dos produtos da agricultura familiar permitindo a melhora da qualidade de vida dos que trabalham no campo e promovendo o desenvolvimento regional.
A sanidade na criação de peixes é a principal preocupação dos envolvidos na cadeia produtiva do setor, pois tem sido afetada significativamente por doenças emergentes, como as causadas pelo Vírus da Necrose Infecciosa de Baço e Rim (ISKNV). O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizou um estudo sobre essa doença viral, que não é uma zoonose, mas causa sérios prejuízos econômicos às pisciculturas.
A infecção provoca a morte de tecidos no baço e o aumento anormal de certas células chamadas megalócitos, que aparecem principalmente no rim e baço dos peixes. Os principais sintomas incluem falta de apetite, pouca movimentação, respiração acelerada, mudanças na coloração corporal, olhos saltados e inchaço na região da barriga.
O diagnóstico pode ser feito por meio da observação dos sintomas da doença e, para confirmá-lo, é necessário realizar exames mais detalhados, como a análise microscópica do tecido (histopatológica) ou o PCR (convencional e tempo real). Para entender melhor a força e a origem dos vírus, é preciso também isolá-los em células cultivadas em laboratório. Esse método de cultivo celular é uma alternativa ética ao uso de animais em testes laboratoriais.
Objetivo do Projeto
O objetivo do projeto desenvolvido pelo IP, intitulado “Detecção e caracterização de cepas circulantes de ISKNV (vírus da necrose infecciosa de baço e rim), através de métodos fenotípicos e moleculares”, foi identificar, por meio de exames moleculares, as cepas (tipos ou variantes) do vírus ISKNV que estão circulando no Estado de São Paulo. Além disso, buscou-se entender a capacidade do vírus, isolando-o em cultivo celular e realizando o mapeamento completo de seu material genético.
Adicionalmente, o estudo envolveu a infecção experimental de filhotes de tilápia, chamados alevinos, para observar o desenvolvimento da doença. Foram coletados alevinos de tilapiculturas em quatro regiões do estado de São Paulo, com cinco amostragens. Priorizaram-se animais com sintomas, mas também foram coletados animais assintomáticos. As amostras passaram por testes de PCR (convencional e tempo real) para identificar a doença, e as positivas foram confirmadas por sequenciamento e cultivo celular.
Algumas amostras foram enviadas para a Washington State University, nos Estados Unidos, onde passaram por sequenciamento total do genoma e estudos detalhados de genética. Os pesquisadores envolvidos no projeto também notificaram oficialmente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (CDA) sobre a presença persistente desse vírus nas pisciculturas paulistas durante os anos de 2023 e 2024.
Segundo a pesquisadora científica do IP, Cláudia Maris Ferreira Mostério, responsável pelo projeto, “este foi um estudo desafiador não apenas pelo número de animais envolvidos, mas também pela quantidade de análises e técnicas realizadas. Nossas conclusões preliminares confirmam que há uma estreita relação entre este tipo de vírus e a temperatura, mas não mais ligada às estações do ano como se pensava anteriormente, provavelmente devido às mudanças climáticas. O vírus está presente em duas principais regiões hidrográficas do estado de São Paulo e infectando peixes que são colocados nos reservatórios. A mesma cepa (tipo) do vírus circula no estado desde 2020. A boa notícia é que isto é muito bom para o desenvolvimento de uma vacina ou de linhagens resistentes”, explica.
Por Andressa Claudino
Instituto de Pesca
O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
Assessoria de imprensa IP
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Gabriela Souza /Andressa Claudino
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A utilização de aditivos na nutrição colabora para atender demandas de mercados em que o uso de antimicrobianos é proibido
Com mercado aquecido e projeções de crescimento para 2025, a produção de suínos no Brasil deve chegar a cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Para que o Brasil se mantenha entre os maiores produtores e exportadores de carne suína no mundo, deverá seguir à tendência de produção sustentável e não utilização de antibióticos.
O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem investido em pesquisas para produção de suínos mais sustentável, contribuindo principalmente para melhoria na nutrição de leitões na fase de creche.
Segundo o pesquisador Fábio Enrique Lemos Budiño, o projeto “
Resposta fisiológica de leitões desmamados suplementados com bacteriocina nisina e ácidos graxos de cadeia médi
a”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), “avalia o efeito da adição da bacteriocina nisina e de ácidos graxos de cadeia média (AGCM) em dietas iniciais sobre o desempenho, incidência de diarreia, parâmetros sanguíneos, microbioma, histologia intestinal e mediadores inflamatórios”.
“O desmame é uma fase de grande estresse para os leitões, além da separação da mãe, ocorre a mudança de ambiente, a passagem da alimentação líquida para sólida, e o convívio com outros animais devido a mistura de leitegadas. O uso de aditivos na dieta destes animais estimula o consumo, melhora a digestibilidade e reduz o nível de transtornos alimentares no pós-desmame, melhorando o desempenho dos animais”, destaca Budino.
Com a utilização destes aditivos, é possível evitar a resistência bacteriana e com isso atingir mercados em que o uso de antimicrobianos é proibido, aumentando a exportação de carne e garantindo que o Brasil se mantenha entre os maiores produtores e exportadores de carne suína no mundo.
A nisina é um peptídeo que é produzido por bactérias comuns encontradas no leite, sendo considerada um antibiótico natural contra bactérias Gran-positivas. Ela inibe a multiplicação de bactérias patogênicas influenciando de forma positiva sobre a modulação na microbiota intestinal. Já os acidificantes apresentam atividade antimicrobiana, melhoram a digestão de proteínas, e influenciam positivamente as vilosidades intestinais.
Por Alexandra Cordeiro
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Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: representatividade de jovens meninas têm crescido, mas ainda existe um longo caminho para equidade na área.
Nos últimos 20 anos a participação feminina como autoras de publicações científicas cresceu 29% no Brasil, colocando o País na terceira posição mundial de participação de mulheres cientistas, ficando atrás apenas de Argentina e Portugal. Os dados constam no relatório da Elsevier-Bori, que também mostrou que a representatividade feminina em produções científicas é mais frequente entre as jovens. No entanto, apesar dos dados animadores, ainda existe um longo caminho a ser percorrido, para que exista uma equidade no setor.
Incentivar o ingresso de meninas na ciência, divulgar trabalhos realizados por profissionais mulheres e criar políticas públicas que viabilizem a participação delas na área são algumas das alternativas para contribuir para a maior inserção do gênero feminino.
A pesquisadora científica da Apta Regional de Bauru, ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Anelisa de Aquino, 44 anos, ressalta que é muito importante ter referências femininas. Ela conta que a sua maior inspiração foi a Dra. Mônica Ferreira de Abreu, responsável pelo Laboratório de Análises de Solos do Instituto de Agronomia (IAC-Apta). “Ela mostrou para mim que é possível uma mulher ocupar uma posição dentro da pesquisa científica. É uma grande fonte de inspiração para a minha trajetória”, explica Anelisa.
A pesquisadora, que é formada em agronomia, relata que sempre foi apaixonada pela ciência e adorava quando, no ensino básico escolar, tinha a oportunidade de estar no laboratório fazendo descobertas. Mas foi na faculdade, que uma professora indicou o caminho a seguir. “Tive uma professora que, em sua disciplina, apresentava ensaios científicos e materiais sobre fisiologia das plantas, o que me incentivou a seguir por esse caminho”, relembra. “Fiz o mesmo ainda quando era estagiária e serviu para eu batalhar e construir a carreira que tenho hoje”, conclui a engenheira agrônoma.
E assim como Anelisa teve como Inspiração uma pesquisadora do IAC, Laura Roncaglia, de 21 anos, graduada em ciências biológicas, teve o instituto como fonte de estudo em duas iniciações científicas: uma sobre o café especial do IAC e a outra sobre a macaúba – palmeira nativa da América Latina, que pode ser encontrada em quase todo o Brasil. “No IAC tive contato com orientadores e com os meus objetos de estudo e, ainda, dei início a um estágio, onde tive a oportunidade de assistir aulas de pós graduação e adquirir mais conhecimento sobre as técnicas que estava usando”, ressalta.
Para a jovem cientista, atualmente mestranda no projeto sobre Genoma completo em três espécies de macaúba, orientada pela pesquisadora Maria Zucchi da Apta Regional de Piracicaba, os institutos da Apta foram de extrema importância em sua formação. Ela conta que durante a sua vida acadêmica participou de alguns congressos interinstitucionais de iniciação científica e em um deles estavam presentes os Institutos de Pesca, de Tecnologia dos Alimentos, Biológico e Agronômico. “É muito importante esses espaços para fazer networking, ter contato com orientadores e ainda aumentar a gama de conhecimento”.
Mas, apesar de toda bagagem adquirida ao longo dos anos, Laura relata que ainda existe preconceito acerca da participação feminina nas ciências. “Muitos pesquisadores homens não acreditam que as mulheres podem fazer a mesma coisa que eles”, conta. Mas, ela não se intimida: “uma coisa que eu sempre digo é para as mulheres não abaixarem a cabeça e acreditarem no seu potencial. Se você está neste local, é porque você é capaz”, conclui.
Laura reforça ainda que é preciso romper paradigmas, pois existe muita competitividade, tanto feminina quanto masculina. No entanto, a jovem acredita que se você tem um sonho, é preciso batalhar por ele, mesmo que haja percalços no caminho. “Teve um momento na minha vida que me marcou muito. Uma pessoa que era muito importante para mim na área acadêmica disse para eu desistir. Mas, eu não podia desistir do meu sonho. Então, segui em frente e digo isso para outras mulheres também. Não desista, siga em frente”, enfatiza Roncaglia.
O Painel de Compras Públicas facilitou o acesso dos produtores rurais paulistas aos editais; Em 2024, foram R$680,9 milhões em negócios fechados via plataforma
A plataforma Abastece SP comemora seu primeiro ano com resultados muito positivos em prol da agricultura familiar paulista. Em 2024, foram fechados mais de R$680,9 milhões em negócios, um aumento de aproximadamente 44% em relação ao registrado no ano anterior, segundo dados da Coordenadoria de Desenvolvimento do Agronegócio (Codeagro), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
O montante negociado é referente a 623 editais atendidos por meio da plataforma, que previam a compra de 168 produtos, como frutas, verduras, legumes e até queijos e iogurtes. “Centenas de produtores paulistas foram beneficiados pela plataforma, que garantiu a compra de seus alimentos e com preços acima dos praticados no mercado”, comemora Guilherme Piai, secretário de Agricultura de SP.
De fácil acesso e por meio de um celular, o serviço , que entrou em operação em fevereiro de 2024, disponibiliza os editais públicos abertos, podendo ser acessados por produto ou por município, incentivando a compra de alimentos produzidos no Estado de São Paulo. “A plataforma facilita a visibilidade dessas chamadas abertas, agregando conexão entre o agricultor e as instituições compradoras”, afirma Déia Rodrigues, diretora do Departamento de Apoio ao Cooperativismo e Associativismo da Codeagro.
Segundo a diretora, antes da plataforma, a maior dificuldade do agricultor era justamente localizar os editais, seja por desconhecimento das oportunidades ou do manuseio das tecnologias. “O produtor rural que desconhece o Abastece SP tem um caminho muito maior para encontrar oportunidades de negócios por chamamento público. Normalmente, precisam se locomover até as prefeituras e as Casas da Agricultura, por exemplo, para conseguir os editais. A plataforma já facilita isso para ele, dispondo todas as informações com transparência e também permitindo a oferta dos produtos”, completa Déia Rodrigues.
A plataforma Abastece SP disponibiliza chamadas públicas no âmbito dos programas de compras institucionais, que podem ser atendidas pelos produtores rurais paulistas por meio de programas governamentais, que estimulam a compra de produtos da agricultura familiar para compor a merenda de escolas públicas e, também, atender famílias cadastradas em situação de insegurança alimentar.
Desta maneira, os alimentos
in natura
e manufaturados saem do campo e chegam diretamente às prefeituras, órgão ou entidades estatais e são ofertados em hospitais, escolas, presídios, entre outras instituições públicas.
Por Caroline Guimarães
MTB: 0091806/SP
No Palácio dos Bandeirantes, Pasta participou de ação com todas as Secretarias Estaduais; todos os municípios paulistas foram convidados
Com o objetivo de desenvolver o agronegócio no interior do estado, por meio dos programas da Pasta, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento participou do evento “Diálogo com municípios”, promovido pelo governo paulista para as 645 prefeituras do estado de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (06/02).
“É importante falar um pouco do cenário e dos principais programas de governo para começar essa aproximação. Queremos estar ao lado dos municípios, das prefeituras, para levar à população a melhor gestão possível. Sei que são muitas as demandas municipais e a gente tem que entender os cenários para trabalharmos em conjunto”, explicou o governador Tarcísio de Freitas.
A Secretaria de Agricultura levou alguns de seus programas à sede do governo paulista. Foram apresentadas as ações de regularização fundiária com o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), os kits de combate à incêndio com o Agro SP + Seguro, o programa Município Agro e o projeto Cozinhalimento, além de um novo programa de logística rural e um catálogo de compostagem orgânica sustentável.
“O Governo de SP está ao lado dos municípios, aqui estamos com uma plataforma digital para que as prefeituras conheçam programas da Secretaria de Agricultura e possam definir quais são os principais problemas da produção agropecuária de suas cidades”, destacou o secretário Executivo de Agricultura e Abastecimento, Edson Fernandes.
No âmbito da regularização fundiária, SP promoveu as maiores ações na história do Estado. São 3,4 mil propriedades regularizadas desde 2023, uma média de cinco regularizações por dia. Os esforços do governo paulista para garantir a paz no campo e gerar desenvolvimento regional somaram mais de 130 mil hectares de terra regularizados em 2024.
O Cozinhalimento, que gera segurança alimentar e capacitação, já conta com 251 cozinhas espalhadas pelo estado, capacitando 24 mil pessoas. A meta é alcançar 305 cozinhas até o final de 2026. Já o programa Município Agro, que premia as melhores iniciativas municipais na agropecuária, disponibilizou R$ 5 milhões para 117 cidades no ano de 2024.
As prefeituras também puderam conhecer ações de vigilância, prevenção e combate a queimadas em áreas rurais, com kits de combate à incêndios, com caminhões e tanque multiuso; um novo programa de agrologística para melhorar a infraestrutura rodoviária rural e um catálogo de compostagem, com equipamento capaz de gerar 300 quilos de adubo por dia, de forma sustentável.