Painel reuniu SP Águas, ANA, Arsesp, Secretaria de Agricultura e setor privado para discutir segurança hídrica, uso racional, fiscalização e inovação no contexto das mudanças climáticas
No segundo dia de encontros do Summit Agenda SP+Verde, realizado no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, o painel “Regulação e Gestão Climática dos Recursos Hídricos” reuniu especialistas para discutir como o país pode se preparar para um cenário de eventos extremos, escassez e enchentes crescentes tendo a regulação como instrumento estratégico para garantir segurança hídrica.
O debate foi mediado por Thiago Mesquita Nunes, diretor-presidente da Arsesp, que abriu a conversa questionando como o Brasil pode assegurar disponibilidade hídrica para todos os usos, da população às indústrias, da agricultura ao meio ambiente em um contexto de mudanças climáticas.
Legado do DAEE, segurança hídrica e nova regulação
A diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana, ressaltou que o Estado de São Paulo entra em uma nova fase da gestão da água, combinando o legado de mais de 70 anos do antigo DAEE com uma agenda regulatória estruturada para o futuro.
“Estamos construindo uma institucionalidade voltada à segurança hídrica, somando a experiência histórica do DAEE ao novo olhar regulatório da SP Águas. Quanto mais estruturada for a regulação, maior será nossa capacidade de enfrentar o cenário de incertezas climáticas.”
Camila destacou que a SP Águas nasce com atribuições de fiscalização técnica sobre captações, outorgas e segurança de barragens, além da responsabilidade de consolidar normas dispersas em um único marco regulatório, sempre com a participação social.
“Não podemos tolerar a captação clandestina de água. Nosso papel é regular, fiscalizar e também incluir o usuário irregular no sistema, para que todos joguem sob as mesmas regras.”
Ela apresentou também os seis eixos da Agenda Regulatória da SP Águas, que envolve governança, outorga, cobrança pelo uso da água, monitoramento hidrológico, segurança de barragens e sustentabilidade dos recursos hídricos. Um dos investimentos em curso é a criação da Sala de Situação, hub de dados para monitoramento em tempo real de eventos climáticos, reservatórios e disponibilidade hídrica.
ANA alerta: mudanças climáticas já afetam o abastecimento no país
A diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Veronica Sánchez, reforçou que a crise climática se manifesta primeiro e de forma direta na água — seja em forma de escassez ou de cheias.
“As mudanças do clima são sentidas antes de tudo na água, porque ela impacta o que é essencial: a vida das pessoas. A escassez e as enchentes já são realidade, e a resposta precisa ser rápida, técnica e cooperativa.”
Veronica destacou que o Brasil precisa avançar simultaneamente na redução de perdas no sistema de abastecimento, na garantia de reservas hídricas para múltiplos usos e na integração de dados entre União, Estados e Agências Reguladoras.
“Nenhum ente da federação vai vencer essa agenda sozinho. Monitoramento, compartilhamento de informações e atuação conjunta são indispensáveis.”
Agricultura defende irrigação técnica e redução de perdas
O secretário-executivo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Alberto Amorim, afirmou que o país vive hoje o efeito reverso da antiga crença de que a água era um recurso infinito.
“O Brasil nunca teve problema de excesso, e agora a falta nos obriga a rever o uso da água. O pior desperdício não está só no consumo, mas nas perdas — e elas ainda são muito altas.”
Ele enfatizou que irrigação não é simplesmente “molhar”, mas uma técnica que exige planejamento e eficiência, citando manuais técnicos elaborados pela CATI e USP. Amorim também mencionou a importância da integração contínua entre órgãos públicos para tornar disponíveis os dados hidrológicos necessários à gestão.
Inovação, reuso e água positiva: visão global sobre o futuro
O painel também trouxe a perspectiva da iniciativa privada com o fundador da Aqua Positive e secretário-geral do Water Positive Think Tank, Alejandro Sturniolo, que defendeu que o Brasil não precisa importar modelos de gestão hídrica, pois ainda possui uma das maiores disponibilidades de água doce do mundo.
“O conceito de ‘water positive’ significa devolver mais água ao meio ambiente do que se consome. Isso passa por eficiência, reuso, dessalinização, captação de chuva e revitalização de aquíferos. É possível, é viável e já está acontecendo em vários países.”
Para ele, o país precisa acelerar soluções que combinem tecnologia, redução de consumo e regeneração de mananciais.
O debate reforçou que o enfrentamento da crise climática exigirá não só obras e infraestrutura, mas sobretudo governança, integração institucional, regulação moderna e gestão baseada em dados.
O Summit Agenda SP+Verde encerra com a mensagem de que a política de recursos hídricos deixa de ser apenas um tema ambiental e passa a ocupar o centro da agenda climática, regulatória e econômica do Estado — um passo essencial rumo à universalização do acesso, ao saneamento completo e ao uso racional da água em tempos de incerteza.
Sobre o evento
O Summit Agenda SP+Verde é um evento internacional pré-COP promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. O encontro reúne especialistas, lideranças e representantes da sociedade para debater desenvolvimento sustentável e economia verde.
A estrutura montada no Parque Villa-Lobos conta com cinco palcos, rodada de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.
Os debates estão organizados em quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e o Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização. Uma trilha de economia circular também conecta todos os palcos e se estende à Casa da Economia Circular, com vivências e workshops sob curadoria do Movimento Circular.
Na área de inovação, universidades e institutos tecnológicos discutem o papel da pesquisa e da tecnologia na transformação climática de São Paulo. No palco principal, a economia verde é o centro das discussões, com presença de lideranças políticas e convidados nacionais e internacionais.
O Summit é resultado de uma ampla mobilização pelo desenvolvimento sustentável e conta com patrocínio de Cosan, Comgás, Edge, Rumo, Sabesp, Itaú, Amazon, Votorantim Cimentos, EcoUrbis, Solví, Loga, Motiva, EDP, Veolia, CPFL Energia, Metrô, Stellantis, Ecovias, Toyota, JHSF, TetraPak, Aena, Scania, AstraZeneca, Weg e Bracell; além de apoio institucional da Fiesp, Senai, Única, Aesabesp, Abrainc, Secovi-SP, Associação Comercial de São Paulo, Pateo 76, Abiogás, SP Águas, Cetesb, DER-SP, Fundação Florestal, Arsesp, SPTrans, Prefeitura de Campinas, B3, The Nature Conservancy, CEBDS, Pacto Global, SOS Mata Atlântica, Movimento Circular, União BR, Circular Brain, CET-SP, Dia da Terra, Instituto de Conservação Costeira, Inovaclima, IPT, Zeros, Ideia Sustentável, Kearney, Instituto Baccarelli, Zero Summit, Parque Villa-Lobos, NEOOH, Global Renewables Alliance (GRA) e Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), MBRF, White Martins e Microsoft.
Bairro da zona sul da capital paulista é exemplo de produção orgânica e abastecimento local
Entre avenidas movimentadas e bairros cheios de vida, há um lado pouco conhecido da capital paulista: o campo que resiste e prospera dentro da cidade. Pequenos e médios produtores mantêm uma agricultura ativa, sustentável e próxima do consumidor, mostrando que o agro também faz parte da vida urbana.
Localizado no extremo sul da capital paulista, o bairro de Parelheiros é um exemplo de produção rural. A região possui aproximadamente 400 produtores, com destaque para culturas de frutas e hortaliças, segundo a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo. Além disso, o local possui cerca de 20 quilômetros de estradas rurais.
Nascida e criada no bairro, Yumi Murakami é produtora de frutas e dá continuidade ao legado da família, seguindo os passos do pai na agricultura. “A produção familiar dentro da cidade de São Paulo é uma vitória. Nós temos o privilégio de estarmos em plena capital, a apenas 32 km do centro, plantando em nossa terra, temos nossa água limpa, mantendo a mata ao redor intacta”, destaca Yumi. O cultivo, que começou com o plantio de bananas, evoluiu ao longo dos anos e hoje conta com mais de 15 certificações orgânicas, resultado do trabalho sustentável e da dedicação da família à agricultura familiar.
Atuante nas feiras livres orgânicas da capital paulista, Yumi percebe o aumento constante na procura por produtos orgânicos. Segundo ela, os consumidores buscam cada vez mais alimentos voltados à saúde e reconhecem a diferença no sabor e na qualidade das frutas cultivadas de forma natural. Com esse foco, a produtora mantém o compromisso de oferecer alimentos saudáveis, cultivados com respeito ao meio ambiente e à tradição da agricultura familiar.

A produtora Roseilda Lima Duarte, do Sítio Bebedouro Agricultura Orgânica, cultiva hortaliças e frutas e mantém uma atuação que vai além da comercialização. Ela abastece restaurantes, consumidores locais e ainda destina parte de sua produção a projetos sociais e iniciativas de educação ambiental.
Com o apoio da Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul de São Paulo (Cooperapas), ela consegue escoar os alimentos para restaurantes e institutos voltados à produção orgânica, como o Baru, Feira Livre e Chão. Roseilda também abre as portas do sítio para o turismo pedagógico, recebendo escolas e visitantes interessados em conhecer o cultivo orgânico. Ao final de cada visita, todos levam para casa uma sacola com produtos frescos.

Além de ser uma área rural dentro da zona urbana, a produção em Parelheiros também se destaca pela forma como os produtos chegam ao consumidor. Diferente do caminho que os produtos do interior percorrem, a localização facilita a chegada ao consumidor final, que muitas vezes mora no próprio bairro.
Engenheiro agrônomo e produtor, Luciano Santos realiza o cultivo de plantas ornamentais e cita justamente a diferença do perfil do consumidor da produção urbana. “Nossos principais compradores são varejistas, paisagistas e viveiros da região. Por estarmos na cidade, um dos nossos diferenciais é essa proximidade com o cliente final”, destacou o produtor.

Campo e cidade: mesmo atendimento rural e fiscalização
Assim como na zona rural, a Diretoria de Assistência Técnica Integral (CATI) também está presente na extensão rural ao agricultor da área urbana. Segundo Lucas Volpato, especialista agropecuário da Diretoria de Assistência Técnica Integral (CATI) em São Paulo, o perfil do produtor nas áreas urbanas se assemelha muito ao produtor rural. Apesar disso, ele aponta a vocação para a questão agroecológica, afirmando que os agricultores na cidade possuem uma ação maior neste assunto.
“O produtor urbano tem essa questão mais já enraizada. Não é algo que precisamos explicar para ele. É algo que ele já produz dessa maneira, que ele já pensa assim. É um agricultor já mais focado em mudanças climáticas e questões mais agroecológicas”, explicou.
A fiscalização e os aspectos legais das produções em áreas urbanas são iguais às do campo. O ponto crucial a ser observado é se o plantio está em conformidade com as regulamentações municipais da cidade. “Não há restrições para o plantio em zonas urbanas, exceto para culturas mais restritivas, como a laranja. Em geral, a produção deve apenas respeitar a legislação vigente na cidade de São Paulo”, explica Lucas.
A Defesa Agropecuária também atua na capital e realiza a fiscalização das áreas cultivadas com os mesmos critérios aplicados às regiões rurais. Quando se trata de culturas com legislação específica, como banana ou citros, são aplicados os protocolos correspondentes. Durante as vistorias, são verificadas a presença e o uso correto de agrotóxicos, as condições de armazenamento, o uso de equipamentos de proteção individual, as receitas agronômicas e os comprovantes de devolução das embalagens vazias. Também é avaliado o estado de conservação do solo, conforme procedimentos técnicos definidos para cada situação.
Com o apoio técnico e a presença constante da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a produção agrícola da capital mostra que o agro também é parte essencial da cidade de São Paulo
A sede do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Nova Odessa, recebeu nessa semana o XXXV Treinamento em métodos de diagnóstico e controle da brucelose e tuberculose animal. O evento foi coordenado pelas pesquisadoras do Instituto Biológico (IB-Apta) Vera Cláudia Magalhães e Adriana Hellmeister Romaldini e promoveu o treinamento de veterinários para exames de diagnóstico e controle destas duas doenças .
Devido à grande importância econômica e sanitária para os rebanhos de bovinos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) criou, em 2001, o PNCEBT (Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal). Entretanto, para atuar junto ao programa de certificação de propriedades livres dessas enfermidades, são habilitados somente profissionais aprovados em cursos de treinamento previamente reconhecidos pelo Ministério.
A pesquisadora Vera Cláudia Magalhães fez a Introdução ao PNCEBT, abordando sua importância e os pontos essenciais do PNCEBT. Ana Paula Belchior, da Defesa Agropecuária de SP apresentou “Conceitos de tuberculose bovina e bubalina” e “Boas práticas e cuidados na vacinação contra a brucelose”. Em conjunto as especialistas também ensinaram práticas importantes como coletas de sangue, tuberculinização e respectiva leitura clínica. Adriana e Vera ensinaram ainda procedimentos de diagnóstico laboratorial da brucelose.
Rodrigo Marini, também da Defesa, abordou o tema “Propriedades dos testes de diagnóstico e sua aplicação em função da situação epidemiológica (estratégias de diagnóstico e controle)” e seu colega Klaus Saldanha Hellwig falou sobre as normas e procedimentos do PNCEBT, abordando pontos fundamentais.
Importância do controle da Brucelose e Tuberculose
Responsável pela queda no desempenho produtivo dos animais, a tuberculose pode levar o animal a óbito, sendo que, quando a doença é identificada, existe a obrigatoriedade do sacrifício dos indivíduos acometidos e condenação de carcaça no abate. Já a brucelose pode causar abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite, prejudicando os índices produtivos.
As duas doenças são consideradas zoonoses importantes que podem ser transmitidas aos humanos, afetando a saúde pública.
Por Alexandra Cordeiro
alexandra.cordeiro@sp.gov.br
Entre 1º de novembro de 2025 e 28 de fevereiro de 2026 estará em vigor o período de defeso da piracema em todo o Estado de São Paulo. Durante esses quatro meses, a pesca de espécies nativas fica proibida nas principais bacias hidrográficas paulistas, a do rio Paraná e a do Atlântico Sudeste, para garantir o sucesso da reprodução natural dos peixes, conforme alerta a pesquisadora Paula Maria Gênova de Castro Campanha, do Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O defeso é uma medida essencial para a conservação dos estoques pesqueiros, pois impede a captura de peixes durante a fase reprodutiva, assegurando a continuidade do ciclo de vida das espécies e a sustentabilidade da atividade pesqueira em longo prazo.
Espécies permitidas para pesca
De acordo com a pesquisadora, “Durante esse período, fica proibida a pesca de espécies nativas, sendo permitida apenas a captura de espécies não nativas (alóctones, exóticas ou híbridas).”Na Bacia do Paraná, que abrange rios como Paraná, Grande, Paranapanema, Tietê, Mogi-Guaçu e Pardo, continua liberada a captura de espécies como corvina de água doce (Plagioscion squamosissimus), tucunarés (Cichla kelberi e Cichla piquiti), porquinho (Geophagus sveni), zoiúdo ou caroço-de-manga (Satanoperca setepele), apaiari ou oscar (Astronotus crassipinnis), pacu-cd (Metynnis lippincottianus), pirarucu (Arapaima gigas), híbridos (tambacu, jundiara, cachapinta e pincachara) e camarão-gigante-da-Malásia (Macrobrachium rosenbergii), além de tilápias (Coptodon rendalli, Heterotilapia buttikoferi e Oreochromis niloticus), carpas (várias espécies), bagre-americano (Ictalurus punctatus) e bagre-africano (Clarias gariepinus), entre outras, não nativas da bacia, como explica o Professor Fernando Carvalho da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Já na Bacia do Atlântico Sudeste, que inclui os rios Paraíba do Sul, Ribeira de Iguape, Juquiá e seus afluentes, também é permitida a pesca do dourado (Salminus brasiliensis) e do pintado (Pseudoplatystoma corruscans) por serem espécies não nativas; o curimbatá (Prochilodus lineatus) pode ser pescado nas bacias do rio Ribeira de Iguape (que inclui o rio Juquiá), mas é proibido na bacia do rio Paraíba do Sul por se tratar de uma espécie nativa nesse sistema.
As espécies marinhas e estuarinas que sobem os rios nesse período estão sujeitas a normas específicas, que devem ser observadas pelos pescadores.Regras e cotas de capturaNos rios das duas bacias, é permitida apenas a pesca desembarcada, com o uso de linha de mão, caniço, vara com molinete ou carretilha, utilizando iscas naturais ou artificiais. No caso de iscas naturais, o pescador pode usar o lambari (Astyanax lacustres), desde que tenha nota fiscal da casa de iscas, proveniente de piscicultura.
Nas represas da bacia do Paraná, a pesca embarcada e desembarcada é permitida, seguindo as mesmas regras. Já nos reservatórios do Atlântico Sudeste, o pescador profissional pode usar rede de emalhar com malha igual ou superior a 100 mm (medida esticada entre ângulos opostos) e tarrafa com malha igual ou superior a 70 mm, respeitando o limite de comprimento máximo de 1/3 do ambiente aquático.O pescador profissional não tem cota de captura para espécies não nativas, enquanto o pescador amador/esportivo pode levar até 10 kg mais um exemplar.
É importante reforçar que há locais onde a pesca não é permitida, como lagoas marginais e trechos a montante e jusante de cachoeiras e corredeiras, e o Instituto de Pesca recomenda que os pescadores se informem com antecedência para evitar infrações. As regras completas podem ser consultadas nas Instruções Normativas do Ibama: IN IBAMA nº 25/2009, para a Bacia do Paraná, e IN IBAMA nº 195/2008, para a Bacia do Atlântico Sudeste.Um resumo das permissões e proibições durante o defeso está disponível no item 3 do FAQ-IP, no site do Instituto de Pesca.
Seguro Defeso: um direito do pescador
O período de defeso vai até 28 de fevereiro de 2026. Até essa data, profissionais da pesca artesanal com documentação regular podem solicitar o Seguro Defeso, um benefício destinado a quem depende desta atividade, oferecido durante o período em que não é permitido realizar a atividade profissional devido à piracema. O pedido pode ser feito pela internet, clicando aqui.
Instituto de Pesca
O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
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Programa da Secretaria de Agricultura já investiu R$ 27 milhões desde 2024 e impulsiona o protagonismo feminino no campo paulista
Desde 2024, o Governo do Estado de São Paulo já investiu R$27 milhões em uma linha de crédito voltada exclusivamente a produtoras rurais, por meio do Feap Mulher, programa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). A iniciativa oferece condições facilitadas de financiamento para impulsionar o protagonismo feminino no campo e fortalecer a economia rural paulista. Com 902 projetos executados, o programa já beneficiou quase mil mulheres e deve atingir a marca até o fim de 2025.
Com juros de apenas 2% ao ano, carência de até 12 meses e prazo total de 84 meses para pagamento, o Feap Mulher permite o financiamento de até R$30 mil por produtora, destinados a investimentos em infraestrutura, tecnologia e custeio agropecuário. Os principais tipos de investimento realizados incluem fruticultura, agricultura irrigada, energias renováveis, integração lavoura-pecuária-floresta, agricultura em ambiente protegido e ações de desenvolvimento regional, o que demonstra o caráter abrangente e sustentável da política pública.
A região do Pontal do Paranapanema se destaca como principal polo de adesão ao programa, concentrando mais de 70% de todo o valor liberado. Essa concentração reflete a forte atuação conjunta do ITESP, da CATI e de organizações femininas rurais na mobilização e capacitação das produtoras, evidenciando uma integração bem-sucedida entre crédito, assistência técnica e inclusão produtiva.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, ressalta o papel transformador do programa. “O crédito rural para as mulheres é um instrumento de transformação social e econômica. Estamos garantindo que cada vez mais produtoras possam investir em seus próprios negócios, gerar renda e contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo”, afirma.
Impacto na vida das produtoras
Na região de Garça, por exemplo, a produtora Andreia dos Santos, de Gália, é uma das beneficiadas. Ela trabalhava com a colheita de café e decidiu empreender em sua própria terra, onde hoje cultiva tomate, maracujá e melancia. Com o crédito de R$ 29 mil obtido pelo Feap Mulher, construiu mais uma estufa, agora são três, e passou a produzir tomate durante todo o ano. “Antes, eu dependia de trabalho para terceiros. Hoje, sou dona do meu negócio e consigo produzir o ano todo. Esse crédito mudou minha vida”, conta Andreia, que conquistou autonomia e estabilidade de renda.

Legenda: Andréia, em sua estufa construída com recurso do FEAP Mulher.
Histórias como a dela se repetem em diversas regiões do Estado. Em Guararema, no Alto Tietê, a produtora Regiane Aparecida de Sousa cultiva morangos há quatro anos e viu na linha de crédito uma oportunidade para expandir sua atividade. Ela conheceu o programa por meio da CATI e utilizou o financiamento para reformar estufas e aumentar o número de mudas. “Com o crédito, consegui fazer as melhorias que precisava muito mais rápido. Agora quero seguir investindo e crescer ainda mais”, relata a fruticultora.

Legenda: Regiane Aparecida de Sousa, com os morangos que colheu de suas novas mudas.
O mesmo ocorreu com Vanessa Saltiles, produtora de hortaliças em Suzano, também no Alto Tietê. Ela utilizou o primeiro crédito para comprar uma roçadeira, essencial para o controle do mato, e, em seguida, adquiriu um trator, que transformou o manejo da terra. “Antes, era tudo manual. Hoje, consigo preparar os canteiros logo após a colheita. Ficou tudo mais rápido e produtivo”, afirma Vanessa, que agora planeja ampliar a área cultivada.

Legenda: Vanessa Saltiles, em sua horta em Suzano.
A iniciativa conta com apoio técnico da CATI e da Fundação ITESP, e está disponível para produtoras de todas as regiões do Estado de São Paulo, que podem acessar o programa por meio dos Escritórios Regionais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Evento teve como objetivo apresentar programas da pasta e capacitar secretários municipais
Com o objetivo de apresentar os principais projetos e programas da secretaria e capacitar os secretários municipais de agricultura, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP (SAA) realizou o Seminário Estadual: Diálogo entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e os Municípios Paulistas, na sede, em São Paulo. O evento contou com mais de 300 municípios entre os dias 29 e 30 de outubro.
A programação inclui mais de 15 painéis e palestras que apresentaram as principais ações da SAA, abrangendo convênios, infraestrutura rural, assistência técnica e extensão, crédito rural, além de iniciativas de regularização fundiária e ambiental e programas como o Município Agro e Cozinhalimento.
Durante o seminário, o Secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai, reforçou a importância da parceria com os municípios.
“Não é só um treinamento unilateral, onde a secretaria mostra todos os programas aos secretários, mas nós também queremos ouvir sugestões. Todos os novos programas, próximas capacitações, cursos gratuitos, treinamentos online, todas as administrações municipais farão parte dessas conquistas. Com esse treinamento, eu tenho certeza que a política pública da secretaria vai ser muito mais assertiva”, disse Piai.
Além de ser um elo entre a SAA e a administração municipal, o seminário foi importante para a interação dos próprios municípios, como afirmou o secretário municipal de agricultura e abastecimento de Tupã, Anderson Luiz. “É muito gratificante para nós o network que a gente tem neste seminário com outros municípios, e poder compartilhar os feedbacks que os municípios estão fazendo e o que está dando certo em cada um deles”.
O seminário estadual reforça o compromisso do Governo de SP com os municípios paulistas, fortalecendo a política pública no estado de São Paulo.
Confira as fotos do evento no flick da SAA
O Estado de São Paulo inicia, neste sábado, dia 1º de novembro, a Campanha de Atualização de Rebanhos do segundo semestre. A partir da retirada da vacinação contra a Febre Aftosa em 2023, o produtor rural passa, também em caráter obrigatório, a ter que atualizar seus rebanhos junto ao sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE). A Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) informa que os proprietários devem declarar todas as espécies presentes em suas propriedades até o dia 15 de dezembro.
Devem ser atualizados, além dos bovinos, os rebanhos de búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda. A não declaração pode acarretar o bloqueio da movimentação dos animais e a inviabilidade da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) com possibilidade de sanções administrativas.
A declaração pode ser feita diretamente no sistema GEDAVE. Outra forma de efetuar a declaração é pessoalmente em uma das Unidades da Defesa Agropecuária distribuídas entre os 645 municípios paulistas e também, através do envio por e-mail do formulário que está disponível em https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/arquivos/sanidade-animal/FORMULARIOS-CAMPANHA_NOVEMBRO_25.pdf
“A declaração é uma das ferramentas que o Estado tem de acompanhar e de se manter atualizado sobre os animais de peculiar interesse, além de fornecer ao órgão responsável pela sanidade animal a evolução geral dos rebanhos, além dos grupos de animais que nasceram ou morreram no intervalo de uma campanha a outra”, explica Luiz Henrique Barrochelo, diretor da Defesa Agropecuária.
Por Felipe Nunes
Pesquisador do IAC está entre os 2% melhores cientistas do mundo
Duas importantes conquistas do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, em menos de 30 dias, reforçam sua liderança na ciência agrícola tropical. Em 15 de outubro, o reconhecimento veio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pelo desenvolvimento e ampliação da adoção de variedades de citros aprimoradas e mais resistentes ao clima. Sete tecnologias do IAC concorreram na categoria Produção e Proteção Vegetal Sustentável junto à FAO e a de citros foi a selecionada.
O IAC esteve entre as 39 entidades escolhidas de quase 300 indicações recebidas mundialmente, em validação às contribuições inovadoras para a transformação dos sistemas de cultivo ao longo das últimas quatro décadas.
A cerimônia do Reconhecimento Técnico da FAO fez parte da comemoração dos 80 anos da Organização e foi realizada em Roma, no Fórum Mundial de Alimentação. No evento, a FAO reconheceu instituições e organizações com trabalhos que evidenciam liderança técnica e compromisso com sistemas agroalimentares sustentáveis por longos períodos.
De acordo com a pesquisadora do IAC responsável pela inscrição do Instituto, Alessandra Alves de Souza, entre os critérios considerados na seleção das instituições está sustentabilidade, inovação e cooperação entre equipes.

Em outro reconhecimento internacional, chamado Top 2% Scientists, está o pesquisador do IAC, Heitor Cantarella. Esta iniciativa, que reúne os 2% melhores cientistas do mundo, traz uma relação compilada pela Universidade Stanford e pela editora Elsevier. A seleção é feita com base no impacto das citações e outras métricas que analisam a produção científica do banco de dados Scopus, que é uma das maiores e mais respeitadas bases acadêmicas do mundo, mantida pela Elsevier. A seleção usa um indicador composto para classificar pesquisadores em 22 áreas científicas e 174 subáreas, com foco na influência significativa da pesquisa e não apenas na produtividade. A escolha é atualizada anualmente e serve como referência para a excelência acadêmica.

Cantarella é referência em pesquisas na área de solos. O engenheiro agrônomo é formado pela Unesp Botucatu, com mestrado e doutorado pela Iowa State University.
“Fazer parte da lista é não só uma honra pessoal, mas também um indicativo de que a ciência produzida no Instituto Agronômico é relevante e reconhecida internacionalmente”, diz Cantarella, que também é vice-coordenador do IAC, da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
A lista, divulgada no final de setembro, identifica cientistas de 149 países que estão em posição de destaque em todos os campos da ciência.
“Esses resultados reforçam o protagonismo do IAC na ciência agronômica de países tropicais, nas diversas áreas de atuação do Instituto. Reunimos excelentes equipes que nos colocam em destaque junto à ciência nacional e internacional, cujas pesquisas proporcionam benefícios em diversos segmentos e, em última instância, à economia e à população brasileiras”, comenta o coordenador do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell.
Por Carla Gomes (MTb 28156) e Mônica Galdino (MTb 47045) – Assessoria de comunicação IAC
Terceira edição do prêmio reconheceu a dedicação de equipes e instituições que fortalecem o agronegócio e a inovação no Estado
Em cerimônia realizada no Instituto Biológico, na capital paulista, na última terça-feira, 28 de outubro, a Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, celebrou a terceira edição do Prêmio Apta Semeador do Futuro. A data coincidiu com o Dia do Servidor Público, reforçando o reconhecimento ao esforço, à dedicação e ao impacto do trabalho científico realizado diariamente pelos pesquisadores e equipes técnicas da instituição.
O prêmio tem como objetivo valorizar o mérito científico, o desempenho institucional e profissional de servidores, bem como homenagear personalidades e instituições que contribuem para o avanço do agronegócio paulista e nacional. Ao todo, foram premiados seis destaques em diferentes categorias: Apoio Operacional à Pesquisa, Apoio Técnico à Pesquisa, Pesquisador Científico da Apta, Destaque do Agronegócio, Destaque da Ciência e Tecnologia e Destaque da Produção.
Durante a abertura do evento, o diretor da Apta, Dr. Carlos Nabil Ghobril, destacou o simbolismo da cerimônia e o papel fundamental da pesquisa pública. “Estamos homenageando pessoas que se destacaram tanto internamente, em nossos institutos, quanto parceiros estratégicos que nos ajudam a fortalecer a pesquisa e a inovação no Estado. O Prêmio Semeador do Futuro celebra a dedicação de quem faz ciência com propósito e o compromisso de todos nós com um futuro mais sustentável para a sociedade paulista”, afirmou.
Os premiados de 2025
Na categoria Apoio Operacional à Pesquisa, o reconhecimento foi para Maria Angélica Razzé de Carvalho, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), pela excelência técnica e contribuição à formação de profissionais do setor. Emocionada, ela agradeceu à equipe e à família, e deixou uma mensagem de gratidão: “Aprendi que quando a gente agradece, a graça desce. Reclamar é tomar duas vezes o mesmo peso. Então, é agradecer mais e seguir com leveza, isso vale para a vida e para a pesquisa.”

O prêmio Apoio Técnico à Pesquisa foi concedido a João Batista Sales, da Apta Regional de Pariquera-Açu, reconhecido por mais de 30 anos de dedicação e pelo trabalho exemplar em campo. “Esse prêmio é de toda a equipe de Pariquera-Açu”, resumiu o servidor, em uma fala simples e simbólica do espírito coletivo que marca a pesquisa pública.

Na categoria Pesquisador Científico, o homenageado foi o engenheiro agrônomo Fernando Takayuki Nakayama, da Apta Regional de Adamantina, por sua pesquisa pioneira no desenvolvimento de clones de café robusta adaptados ao clima paulista. “O título do prêmio diz tudo: ‘Semeador do Futuro’. A pesquisa é isso. Plantar hoje o conhecimento que vai gerar resultados e oportunidades amanhã. Esse reconhecimento é de todo o nosso time e reforça nossa missão de transformar a vida do produtor paulista”, afirmou Nakayama.

O Destaque do Agronegócio foi o empresário Francisco Matturro, presidente do LIDE Agronegócios e ex-secretário da Agricultura de SP, pela contribuição à inovação e à integração entre pesquisa e setor produtivo. “Receber essa homenagem da casa onde construí tantas parcerias é motivo de enorme orgulho. A pesquisa é o alicerce de um agronegócio sustentável e moderno”, disse.

Na categoria Ciência e Tecnologia, o premiado foi o procurador do Estado Rafael Carvalho de Fássio, reconhecido pela implementação de instrumentos jurídicos que aproximam o setor público da inovação. “Esse prêmio simboliza confiança e parceria. Traduz o início de uma nova página, em que a procuradoria e a ciência caminham juntas para destravar o potencial de inovação do Estado”, destacou.

Encerrando a premiação, o Destaque da Produção foi para a empresa Raiar Orgânicos, representada por Luiz Barbieri, pela adoção de práticas regenerativas e sustentáveis na produção de ovos orgânicos. “A Apta é um motivo de orgulho. A parceria com a pesquisa pública é essencial para construirmos um sistema alimentar mais justo, sustentável e competitivo. O futuro da agricultura passa pela ciência”, afirmou Barbieri.

Ciência, sociedade e legado
O evento foi encerrado com ato simbólico da inauguração de uma muda de ipê que será plantada nos jardins do Instituto Biológico. Este gesto representa o compromisso dos premiados em deixar um legado para as próximas gerações.
O secretário executivo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Dr. Alberto Amorim, destacou o significado do prêmio: “O semeador do futuro é aquele que conhece o passado e acredita no amanhã. Reconhecer essas pessoas é celebrar o valor do conhecimento, da equipe e da esperança.”
Sobre a Apta
A Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta) é o órgão responsável por coordenar as atividades de pesquisa científica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em sua estrutura estão presentes sete Instituições de Ciência e Tecnologia, com unidades distribuídas por todas as regiões do estado: Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional.
Informações para a imprensa – Seção de Comunicação Científica da Apta/SAA:
Luíza Cardoso Costa – luiza.costa@sp.gov.br
Gustavo Steffen de Almeida – gsalmeida@sp.gov.br
Novidade marca um ano do projeto, que ultrapassou 150 publicações no perfil do Instagram e somou 66 mil visualizações durante o período
Mais do que ser referência em ciência aplicada na América Latina em alimentos, bebidas, ingredientes e embalagem, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem se dedicado a ser fonte confiável e didática de informações técnico-científicas relacionadas a essas áreas ao maior número de pessoas através do projeto Comer Com Ciência, que acaba de completar um ano com o lançamento do site comercomciencia.com.br.
No novo site, é possível consultar detalhes sobre o projeto, quem está envolvido e participações em eventos, assim como artigos dedicados a ciência e tecnologia de alimentos e publicações feitas nas redes sociais com campo de busca por assunto específico. Há ainda formulário para contato com a Plataforma de Inovação Tecnológica (PITec) do Ital, que lidera o Comer Com Ciência.
“É um dos projetos mais interessantes que o Ital está desenvolvendo por ampliar a comunicação com a sociedade sobre ciência e tecnologia de alimentos disseminando conhecimento de forma que o consumidor consiga aplicá-lo na sua vida”, ressalta a coordenadora do Ital, Eloísa Garcia, que está entre os especialistas que colaboraram com o @comercomcienciaoficial no Instagram, criado seis meses antes do lançamento do projeto. Esse perfil já ultrapassou 150 publicações e, no último ano, mais de 66 mil visualizações – parte desses conteúdos também está disponível no @comercomcienciaof no TikTok.
“Por sermos instituição pública dedicada à evolução do setor em benefício da sociedade, temos nos dedicado bastante à curadoria dos conteúdos de forma a atender o propósito do Comer Com Ciência, que é informar sem julgar, explicar sem complicar, apresentar a ciência e tecnologia como aliada do consumidor, contribuir para a evolução do setor produtivo e a segurança alimentar, e promover o entendimento de segurança do alimento com informações científicas fundamentais”, ressalta a supervisora administrativa da PITec, Adriana Seabra, que está à frente do projeto junto ao coordenador da PITec, Luis Madi.
Completam a equipe de curadores a diretora de Ciência e Tecnologia do Ital e editora-chefe do Brazilian Journal of Food Technology (BJFT), Claire Sarantópoulos, o diretor-executivo da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), Airton Vialta, a chefe da Seção de Comunicação Científica do Ital, Jaqueline Harumi, a chefe substituta da Seção e coordenadora de comunicação do BJFT, Fabiana Sabadini, e a assistente de comunicação da PITec, Natália Rodriguez.
“São muitas as informações equivocadas sobre alimentos sendo difundida e o Comer Com Ciência é uma excelente oportunidade para difusão do conhecimento científico e tecnológico em uma linguagem mais palatável para o público em geral, trazendo os esclarecimentos necessários sobre os alimentos industrializados”, frisou Vialta durante a segunda edição do Comer Com Ciência Experience, evento pioneiro do Ital dedicado ao assunto reunindo profissionais do setor e comunicadores no Tropical Food Innovation Lab, ecossistema de inovação sediado no Instituto.
O encontro marcou o aniversário do Comer Com Ciência, no último dia 15, abordando a ciência e o mundo dos aromas, a importância da proteína na alimentação moderna, e processamento, evolução e aspectos nutricionais de pizzas, pães e massas, tendo como palestrantes representantes do Ital, do Tropical, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Essenciais, Produtos Químicos Aromáticos, Fragrâncias, Aromas e Afins (Abifra), da Givaudan, do The Good Food Institute (GFI), do Descascando a Ciência, da PUC-Campinas, da Cargill e da AtosInova Consultoria, assim como a nutricionista Bianca Naves, consultora da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi), que já fez algumas colaborações com o perfil do Comer Com Ciência no Instagram.
“Como divulgador científico, nosso papel é mostrar o quanto de ciência, tecnologia e trabalho árduo há por trás de cada alimento que chega nas nossas casas”, destacou Francisco Henrique, do Descascando a Ciência, que também integrou a programação ao lado de Paulo Camargo. “Quando a gente fala a linguagem que a sociedade entende, ela se interessa, absorve e começa a ver os produtos alimentícios de uma forma diferente””, completou Paulo.
“Achei muito interessante porque vivenciamos toda a dinâmica da concepção e produção de um alimento até as experiências sensoriais com explicações de aromas, sabores e texturas”, opinou a nutricionista Alessandra Ledo, participante do evento, que voltará a ser realizado em 2026.
“Temos nos dedicado ainda mais à pesquisa e à divulgação de fontes confiáveis com colaboração de especialistas do Ital, ampliamos o networking com outros profissionais de alimentos, bebidas, ingredientes, embalagem e áreas relacionadas, e estamos mais atuantes em eventos especializados”, explica Madi, que se dedica a estudos estratégicos e de tendências desde 2008 e mais especificamente há três anos tem se empenhado na concretização de ações de comunicação como a estreia do Ital em estande na Naturaltech, aproximando o Instituto do consumidor final e de varejistas, produtores, compradores, fornecedores, distribuidores e empreendedores nas áreas de alimentação e saúde.
Sobre o Ital
O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é uma instituição líder em ciência aplicada na América Latina. Desde 1963, desempenha um papel central na inovação das áreas de ingredientes, alimentos, bebidas e embalagens.
Com sede em Campinas/SP, o Ital oferece suporte ao setor produtivo por meio de pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e processos, análises laboratoriais, assistência técnica especializada, capacitação profissional e difusão do conhecimento.
Certificado na ISO 9001 com parte dos ensaios acreditados na ISO/IEC 17025, o Instituto é credenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e congrega dezenas de laboratórios e plantas-piloto distribuídos em centros especializados em carnes, laticínios, bactérias lácticas, cereais, confeitos, chocolates, frutas, hortaliças, ciência e qualidade de alimentos, além de sistemas de embalagem.
Para mais informações, visite o site oficial: www.ital.agricultura.sp.gov.br
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Jaqueline Harumi – MTb 59.960/SP
Seção de Comunicação Científica do Ital
(19) 3743-1757 | jaqueline.harumi@sp.gov.br