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Agricultura e Abastecimento

Flor de abobrinha produzida em Mogi das Cruzes conquista restaurantes da alta gastronomia paulistana

Flor de abobrinha produzida em Mogi das Cruzes conquista restaurantes da alta gastronomia paulistana

Aproveitar as folhas de plantas ou frutas é uma prática comum nos lares e restaurantes mundo afora. Desta maneira, um ingrediente pouco conhecido na culinária brasileira, mas de grande produção nos campos, a flor de abobrinha tem ganhado espaço na alta gastronomia, compondo pratos de renomados restaurantes da capital paulista.

Mas o personagem principal desse caminho de sucesso das flores de abobrinha produzidas pelo agro paulista, são os chefes de cozinha, que comemoram no domingo (20/10), o Dia Internacional desses profissionais. Em São Paulo, um restaurante italiano, localizado no Jardins, área nobre da capital paulista, serve a iguaria desde 2021. “O prato é composto pela flor de abobrinha, que tem um sabor adocicado, complementado com muçarela e anchova do mar cantábrico. É uma receita romana que tem feito sucesso”, ressalta Franco Maria Sala, chefe de cozinha e proprietário.

Atento a esse mercado, o engenheiro agrônomo e produtor rural, Marlon Wesley, de Mogi das  Cruzes, há pelo menos cinco anos abastece restaurantes da capital paulista, entre eles, o de Franco, e tem sido seu carro chefe dentro da sua produção. “Somos o primeiro produtor de flores comestíveis da América Latina. Começamos a desenvolvê-las no intuito de serem usadas na finalização das sobremesas, mas ganhamos um nicho de mercado muito maior que esperávamos, ganhando até os paladares mais refinados”, comemora o produtor.

Da espécie
Cucurbita pepo
, a flor comestível faz bem para a saúde, ela é rica em nutrientes, como proteína, fibra, ferro e cálcio. Popular da culinária italiana, no Brasi a iguaria é classificada como Panc (Planta alimentícia não convencional).

Recheada ou laminada, a flor, apesar do toque adocicado, é uma ótima opção para pratos como pizza, lasanha, risoto, macarrão, ou na forma popularmente conhecida na Itália, assada e recheada com queijo.

Além de difundir, nos grandes centros urbanos, as iguarias produzidas na zona rural, os chefes são agentes de mudanças, pois exigem produtos agrícolas  diferenciados e de alta qualidade. Muitos restaurantes estabelecem parcerias com agricultores locais, como o chefe Franco e o produtor Marlon. Assim, a gastronomia é responsável não só por fortalecer a economia local, mas também criar uma rede de apoio que beneficia ambos os lados.

Por Caroline Guimarães

MTB: 0091806/SP